Já tentei escrever mil vezes sobre você... Às vezes eu gosto, às vezes não chego nem perto.
E me cansei disso, então vou juntar tudo o que já escrevi que não apaguei ou odiei completamente.
-
Às vezes eu me pego imaginando como você seria. Seríamos amigos? Seriamos ligados?
Queria poder conversar com você e não somente na minha cabeça.
Poder te abraçar e perguntar como está a vida.
Não posso.
Mas sabe, só por você ser quem você é, eu te amo tanto, e você nem deve ter noção de como eu quero que você seja feliz.
Você não me entende, não é? Você mal deve me reconhecer, teus olhos mal olham no fundo dos meus.
Queria tanto que você entendesse o quanto eu te quero bem.
Seu corpo é fraco, suas ações são dependentes, queria te ajudar.
Eu te amo, não quero te perder mais do que já perdi.
Eu sei que você não vai ficar aqui "pra sempre", tenho plena consciência disso.
Não te perdendo, eu te perdi.
E por querer estar do teu lado, eu te abandonei.
E por mais que isso seja ruim para mim, você nem deve se lembrar disso.
Sua imagem foi se perdendo junto com suas lembranças em mim, mas sua existência ainda faz parte da minha vida. E querendo ou não eu ainda sei o que está acontecendo e não posso mudar isso.
Só queria que você soubesse que mesmo tão longe, eu te desejo tudo de bom.
Eu não te esqueci e nem pretendo, e ainda acho você uma das pessoas mais fortes que eu conheço.
Sinto sua falta, melhore, não me faça chorar mais por ser tão impotente.
-
Isso não é o suficiente para descrevê-lo muito menos para fazer com que ele saiba que eu o amo.
(não, esse não é um texto apaixonado)
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinquagésimo ~
''Hoje eu sonhei com a minha mãe, e ela me abraçou!'' Quem me disse isso, falou com tanta emoção que eu quis postar aqui.
''Acho que é a saudade que faz isso com a gente.''
Simples assim, porém sincero.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quadragésimo nono~
http://www.youtube.com/watch?v=6r649X5-rdY
Subia montanha acima, com suas pernas cansadas e desgastadas... Quanto mais perto chegava, mas longe parecia estar do topo. Com o seu passo apressado chegaria lá antes do por do sol.
A neblina ofuscava sua visão, o chão parecia mais escorregadio do que nunca, mas ela persistia, e não iria desistir até chegar. O vento frio secava as gotas cansadas de suor que desciam pela espinha da senhora fadigada. Seu cabelo branco ficava mais visível com aquela determinada luz do sol.
Ao longe ela já podia escutar a água do riacho descendo, as folhas das árvores correndo pelo chão, ouvia tudo. Ao longe ela escutava a paz.
Ia cantarolando uma leve e antiga canção de ninar que sua mãe ensinara, sua voz rouca ecoava em sua cabeça, mas não saia forte pela montanha. E mesmo que estivesse sozinha, queria que escutassem a sua cantiga. Cantava do fundo do coração, sentia a música no ar. Parou um segundo para sentir esse ar.
Estava perto, não podia desistir, tinha em mente seu maior desejo... Fechou os olhos um momento para descansá-los, e quando os abriu se deparou com a paisagem de seus sonhos. Um pequeno riacho, um lugarejo de paz, um casinha, e somente árvores ao seu redor. Só lembrava-se desse lugar em seus sonhos, e agora estava em casa novamente. Deitou-se na beira do riacho, sentia a água passando por seus dedos, fechou os olhos e estava em paz.
E lá continuou por quem sabe quantas horas, e lá pretendia ficar. Afinal, ela mesma tinha escolhido aquele como o lugar de sua sepultura.
(Baseado em todo o cd The Score, da banda Epica)
Subia montanha acima, com suas pernas cansadas e desgastadas... Quanto mais perto chegava, mas longe parecia estar do topo. Com o seu passo apressado chegaria lá antes do por do sol.
A neblina ofuscava sua visão, o chão parecia mais escorregadio do que nunca, mas ela persistia, e não iria desistir até chegar. O vento frio secava as gotas cansadas de suor que desciam pela espinha da senhora fadigada. Seu cabelo branco ficava mais visível com aquela determinada luz do sol.
Ao longe ela já podia escutar a água do riacho descendo, as folhas das árvores correndo pelo chão, ouvia tudo. Ao longe ela escutava a paz.
Ia cantarolando uma leve e antiga canção de ninar que sua mãe ensinara, sua voz rouca ecoava em sua cabeça, mas não saia forte pela montanha. E mesmo que estivesse sozinha, queria que escutassem a sua cantiga. Cantava do fundo do coração, sentia a música no ar. Parou um segundo para sentir esse ar.
Estava perto, não podia desistir, tinha em mente seu maior desejo... Fechou os olhos um momento para descansá-los, e quando os abriu se deparou com a paisagem de seus sonhos. Um pequeno riacho, um lugarejo de paz, um casinha, e somente árvores ao seu redor. Só lembrava-se desse lugar em seus sonhos, e agora estava em casa novamente. Deitou-se na beira do riacho, sentia a água passando por seus dedos, fechou os olhos e estava em paz.
E lá continuou por quem sabe quantas horas, e lá pretendia ficar. Afinal, ela mesma tinha escolhido aquele como o lugar de sua sepultura.
(Baseado em todo o cd The Score, da banda Epica)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Quadragésimo oitavo ~
[Mente corrompida II]
Vou fazer você sentir a navalha descendo tua silhueta, qual será o gosto do teu sangue?
sente o teu sangue quente descendo, sente o meu sangue frio? Sente agora tudo o que eu disse que você não ouviu?
Venha, se aproxime de mim, não tenhas medo... Tens?
Se te matasse agora, você seria feliz? Poderia dizer que fez as escolhas certas, colocou e tirou as pessoas certas? Fez boas escolhas então? És feliz? Que alívio ouvir isso.
Agora você me vê com clareza, não é? Não pode mais ignorar tudo o que um dia foi tão fácil deixar para trás. Sempre soube como ia acabar, sempre estive certa, quem é você para se achar o Senhor da Razão agora? Será que tens coragem de dizer que no final das contas eu fui tudo o que você imaginou?
Não minta para mim, sei te ler, e sei que você pensa o mesmo de mim. É simplesmente maravilhoso poder dizer que você está enganado com tudo isso.
Não aguento olhar na tua cara, tua cara escrota tentando esconder somente o mais difícil, pare de ser tolo, por favor.
E apesar de tudo isso, o que mais me surpreende é o fato das minhas lágrimas ainda se confundirem com o teu sangue, quanto mais te machuco mais saio machucada.
Cale-se, não posso mais ouvir tuas mentiras... Como pude um dia cair?
vá embora...
Já foi.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quadragésimo sexto ~
As palavras teimam em sumir.
correm rapidamente pelos meus dedos...
As palavras não querem me respeitar, não sabem dizer o que sinto, não entendem o que quero dizer.
Como posso, então, dizer o que preciso?
Corro atrás, e uma por uma pego-as delicadamente com a ponta de meus dedos.
São frágeis, como botões de rosas; São malandras, dizem mais do que pretendo dizer. Dizem até o que não quero.
Será que um dia poderão dizer meus segredos obscuros? Será que se fechar meus olhos, cada palavra saíra contando meus detalhes sórdidos? Poderão elas saberem mais do que eu sobre mim?
Serão mentirosas? Podem mentir o que sinto? Podem enganar-me dessa forma cruel?
Ou será que eu tento enganar-me, jogando a culpa nelas?
Palavras podem mudar tanto assim?
Palavras podem nos mudar tanto assim?
Será que eu gostaria de me mudar através delas?
correm rapidamente pelos meus dedos...
As palavras não querem me respeitar, não sabem dizer o que sinto, não entendem o que quero dizer.
Como posso, então, dizer o que preciso?
Corro atrás, e uma por uma pego-as delicadamente com a ponta de meus dedos.
São frágeis, como botões de rosas; São malandras, dizem mais do que pretendo dizer. Dizem até o que não quero.
Será que um dia poderão dizer meus segredos obscuros? Será que se fechar meus olhos, cada palavra saíra contando meus detalhes sórdidos? Poderão elas saberem mais do que eu sobre mim?
Serão mentirosas? Podem mentir o que sinto? Podem enganar-me dessa forma cruel?
Ou será que eu tento enganar-me, jogando a culpa nelas?
Palavras podem mudar tanto assim?
Palavras podem nos mudar tanto assim?
Será que eu gostaria de me mudar através delas?
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quadragésimo quarto ~
Hoje uma menininha sorriu para mim.
e não foi qualquer sorriso, foi aquele sorriso sincero, gostoso de ver, sabe?
Eu estava no ponto de ônibus, já estava estressada por esperar o ônibus debaixo do sol queimando minha pele. Ao longe vejo um ônibus - que não era o meu - se aproximando, e quando noto ele para ao meu lado. Olhando pela janela tinha uma menininha (daquelas sapecas mesmo) com os olhos bem abertos me encarando. Eu sorrio, ela retribui, e assim começa nossa interação de poucos segundos.
Eu aceno, ela retribui, ela brinca de se esconder atrás da janela do ônibus, eu rio. Mostro a língua, ela fica pulando, e assim foi até o sinal abrir e o ônibus sair dali.
Assim, simples assim, espero que isso dure na minha memória por muito tempo, para quando eu me sentir mal, gostaria de ter o sorriso dela na minha mente.
[pequena nota para o destinatário da carta anterior]
Semana passada eu te encontrei... Fiquei com medo.
Na verdade fiquei com medo de você não se lembrar de mim, e isso provar que só dei mais importancia do que tinha.
E talvez você realmente nem lembre de mim, talvez só eu pense em como você é importante. Mas você foi tão legal comigo que ainda me fez bem mesmo assim.
Obrigada!
Na verdade fiquei com medo de você não se lembrar de mim, e isso provar que só dei mais importancia do que tinha.
E talvez você realmente nem lembre de mim, talvez só eu pense em como você é importante. Mas você foi tão legal comigo que ainda me fez bem mesmo assim.
Obrigada!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
quadragésimo terceiro ~
E talvez se você me tocasse veria que a casca dura é mais frágil do que parece.
Será que não vê como me faz mal a medida que me faz tão bem?
Sentimentos diversos, ouso dizer até que são opostos. Poderei entrar em conflito interno novamente?
E por incrível que pareça, sinto que te quero aqui, nem que seja por um dia, nem que isso aumente a minha agonia depois. Um dia é tudo o que peço, é tudo o que preciso.
Não poderia exigir nada mais, não é?
E se você pudesse enxergar além de mim, será que veria que existe mais do que parece? Veria que não te falo nem metade do que quero.
Meus medos e minha insegurança. Ah, isso eu prefiro guardar dentro de mim, você não pode saber.
Vamos fingir que eu sou tão forte quanto pareço, tão imparcial e impassiva.
Vamos fingir que este mar de sentimentos simplesmente não existe, e não existindo eu não estou me afogando nele.
Vamos fingir, nem que seja por um minuto, que você está aqui.
E que é isso que eu preciso... Somente isso.
(Escrever sem censura - escrever o que vem na cabeça, sem lapidar e pensar demais - até que é legal...)
(Escrevi correndo para não esquecer novamente como eu me sinto, já que amanhã tudo isso terá sumido!)
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quadragésimo segundo ~ [Carta à um (des)conhecido]
Caro ________,
Há quanto tempo não te vejo, como está? O que te feito da vida?
Hoje me encontrei pensando em ti, e resolvi escrever uma carta, mesmo que virtual e mesmo que nunca chegue em ti, ficarei feliz escrevendo-a.
Sabe, às vezes eu me pergunto por que motivos nossos caminhos não se cruzaram mais, mas fico feliz por ter te conhecido, nem que seja por dois dias.
Fico me perguntando se você conseguiu ser piloto... Gosto de pensar que sim, que está lá no céu, fazendo o que sempre quis, que agora se sente livre e feliz... Mas às vezes penso que ainda dirige ônibus cidade adentro. Não gosto desse pensamento na verdade! Tanto treino e estudo deve ter valido a pena, não?
Lembro-me até hoje, mesmo que vagamente, de nossas conversas... Acho que você não sabe, mas foi a pessoa que disse uma das frases que mais me marcou (''Você tem medo de se apaixonar, não é? Dá para notar...''), e mesmo que não me conhecesse tão bem, me decifrou melhor do que a maioria. Gostaria de agradecer por isso.
Gostaria de te encontrar e dizer que eu estou bem, te dizer o que aconteceu e o que eu espero que aconteça ainda. Alguns meses são suficientes para mudar a vida de uma pessoa, não é?
Espero que tenha realizado os teus sonhos... Lembro a alegria que você tinha em contá-los para mim, e para quem quisesse ouvir.
Só gostaria de dizer que espero que esteja feliz, gostaria muito de saber que está.
Fique bem.
Atenciosamente,
C.M.C.
(ou medrosa-não-estudiosa-desastrada-sorridente, como preferir...)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quadragésimo primeiro~
Abriu os olhos, via a luz do sol entrando gentilmente pela fresta da janela, convidando-a para sair. Levantou, meio cambaleando, prendeu o cabelo bagunçado. Lavou a cara, e com isso tirou a mancha de lápis borrado de choro da noite anterior.
Olhou-se no espelho, tinha a expressão abatida, e imediatamente pegou a bolsinha de maquiagem, jogou um pouco de pó aqui, corretivo ali, e já se sentia melhor... Nunca foi muito vaidosa, mas precisava se sentir bem naquele momento. Não estava linda, mas estava satisfeita com o que tinha.
O dia estava quente, perfeito para recomeçar. Correu para o quarto, escolheu sua melhor roupa, vestiu rapidamente enquanto ouvia sua música preferida. Dançava, dançava e espantava todos os males. Se olhou novamente no espelho, aprovando o visual. Foi até a sala, indagando saber onde tinha jogado a chave do carro. Achou o chaveiro azul de pelúcia, e consequentemente a chave do Chevette herdado do pai.
Entrou rapidamente no carro, ligou o rádio, a voz soterrada do Eddie Vedder invadia todo o espaço do carro (http://www.youtube.com/watch?v=GXVpjjpwNss), abriu a janela e deu partida... Apesar de tudo, se sentia bem, uma hora teria que deixar tudo aquilo para trás, e a hora tinha chegado.
O vento entrava no carro trazendo o cheiro de manhã para dentro. Tudo isso parecia uma conspiração para fazê-la se sentir bem, e ela não pensava em reclamar. Finalmente o ponto final tinha sido dado, e apesar de doloroso, era preciso.
Olhou para tudo a sua volta, soltou um tímido sorriso pelo canto da boca, suas covinhas ficaram evidentes, e suas bochechas coraram. Cantava e se deixava levar. Para onde ia? Nem mesmo era sabia, mas o dia estava tão bonito que não poderia ser desperdiçado.
E com isso aproveitou a liberdade que ela tinha se dado de ser... livre. Não se importava mais com o que tinha acontecido, só precisava de um tempo para ela, e finalmente se deu esse tempo.
E foi-se embora, sabendo que ia voltar, mas sem prazo determinado... Só queria ser feliz, e faria tudo para conseguir isso.
(http://www.youtube.com/watch?v=RRTDrriPNVU)
Olhou-se no espelho, tinha a expressão abatida, e imediatamente pegou a bolsinha de maquiagem, jogou um pouco de pó aqui, corretivo ali, e já se sentia melhor... Nunca foi muito vaidosa, mas precisava se sentir bem naquele momento. Não estava linda, mas estava satisfeita com o que tinha.
O dia estava quente, perfeito para recomeçar. Correu para o quarto, escolheu sua melhor roupa, vestiu rapidamente enquanto ouvia sua música preferida. Dançava, dançava e espantava todos os males. Se olhou novamente no espelho, aprovando o visual. Foi até a sala, indagando saber onde tinha jogado a chave do carro. Achou o chaveiro azul de pelúcia, e consequentemente a chave do Chevette herdado do pai.
Entrou rapidamente no carro, ligou o rádio, a voz soterrada do Eddie Vedder invadia todo o espaço do carro (http://www.youtube.com/watch?v=GXVpjjpwNss), abriu a janela e deu partida... Apesar de tudo, se sentia bem, uma hora teria que deixar tudo aquilo para trás, e a hora tinha chegado.
O vento entrava no carro trazendo o cheiro de manhã para dentro. Tudo isso parecia uma conspiração para fazê-la se sentir bem, e ela não pensava em reclamar. Finalmente o ponto final tinha sido dado, e apesar de doloroso, era preciso.
Olhou para tudo a sua volta, soltou um tímido sorriso pelo canto da boca, suas covinhas ficaram evidentes, e suas bochechas coraram. Cantava e se deixava levar. Para onde ia? Nem mesmo era sabia, mas o dia estava tão bonito que não poderia ser desperdiçado.
E com isso aproveitou a liberdade que ela tinha se dado de ser... livre. Não se importava mais com o que tinha acontecido, só precisava de um tempo para ela, e finalmente se deu esse tempo.
E foi-se embora, sabendo que ia voltar, mas sem prazo determinado... Só queria ser feliz, e faria tudo para conseguir isso.
(http://www.youtube.com/watch?v=RRTDrriPNVU)
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
trigésimo nono~
Ou talvez eu realmente não seja tudo isso.
Seja menos, ou até mesmo mais do que imagino.
Talvez seja simplesmente oposta, em mesma quantidade, do que eu pensava ser.
Mas realmente acho mais fácil pensar não ser nada, e descobrir ser tudo o que não achava.
Surpreender-me comigo mesma não pode ser tão ruim assim, não é?
trigésimo oitavo~
Hoje eu sinto que um coquetel de ignorância cairia bem,
quem sabe amnésia também?
Adoraria esquecer os doces amargurados;
adoraria te devolver as palavras que queimam meus ouvidos;
e engolir de voltar as palavras que amarguram minha garganta.
Será que poderia me ajudar a esquecer? Será que poderia sorrir e dizer que está tudo bem?
Será que não vê que para eu esquecer de tudo, você precisa ir embora? Embora levando contigo tudo o que um dia pensei, e um dia quis ser. Leve isto daqui, vá embora... Por favor!
Não estarei contigo até o fim, e isso é recíproco, então para que o sofrimento no meio? Vamos acabar com isso enquanto é tempo, vamos virar as costas.
Corra na direção oposta, corra contra o vento, ele secará tuas lágrimas talvez.
Corro na direção oposta, corro a favor do vento, ele me levará para longe, eu sei.
Será que és o único cego aqui? Ou simplesmente não quer ver que isso não está certo?
Não me faça suplicar, me rastejar, não me humilhe assim. Olhe nos meus olhos e veja o que eu vejo.
Ei, já te convenci?
Já quer ir embora? Já me esqueceu?
Muito obrigada!
Agora quem sabe não posso ir também? Já deu minha hora e a vida (esta ingrata) não parou quando eu pedi, será que se correr chego onde morri? Será que ainda tenho tempo?
Ah, mas é claro que sim.
Eu fiz isso e posso parar, nem mesmo um coquetel de ignorância poderia mudar tudo.
Vou (re)começar... Vale mais a pena do que parar novamente.
(escrever realmente faz bem, mesmo que não faça sentido...)
quem sabe amnésia também?
Adoraria esquecer os doces amargurados;
adoraria te devolver as palavras que queimam meus ouvidos;
e engolir de voltar as palavras que amarguram minha garganta.
Será que poderia me ajudar a esquecer? Será que poderia sorrir e dizer que está tudo bem?
Será que não vê que para eu esquecer de tudo, você precisa ir embora? Embora levando contigo tudo o que um dia pensei, e um dia quis ser. Leve isto daqui, vá embora... Por favor!
Não estarei contigo até o fim, e isso é recíproco, então para que o sofrimento no meio? Vamos acabar com isso enquanto é tempo, vamos virar as costas.
Corra na direção oposta, corra contra o vento, ele secará tuas lágrimas talvez.
Corro na direção oposta, corro a favor do vento, ele me levará para longe, eu sei.
Será que és o único cego aqui? Ou simplesmente não quer ver que isso não está certo?
Não me faça suplicar, me rastejar, não me humilhe assim. Olhe nos meus olhos e veja o que eu vejo.
Ei, já te convenci?
Já quer ir embora? Já me esqueceu?
Muito obrigada!
Agora quem sabe não posso ir também? Já deu minha hora e a vida (esta ingrata) não parou quando eu pedi, será que se correr chego onde morri? Será que ainda tenho tempo?
Ah, mas é claro que sim.
Eu fiz isso e posso parar, nem mesmo um coquetel de ignorância poderia mudar tudo.
Vou (re)começar... Vale mais a pena do que parar novamente.
(escrever realmente faz bem, mesmo que não faça sentido...)
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
trigésimo sétimo~
Olhe para o céu, você se sente parte de tudo?
Sente a liberdade e o amor fluírem? Precisa dar um nome a tudo isso?
Que nome daria?
Essa sensação de estar completa, de estar livre, de estar bem? Como você chama isso?
Você sente vontade de correr e me explicar o que está acontecendo, ou prefere guardar as respostas para você?
Você tem as respostas? São certezas absolutas para ti?
Espero que sejam... Nada melhor do que ter certeza;
a dor da ignorância não tem comparação.
As respostas fazem sentido, ou são apenas placebo? Isso faz diferença?
Gostaria de te abraçar e dizer todos os meus medos;
te abraçar e afastar os teus;
te abraçar e me sentir bem.
Gostaria de ter certeza das coisas, de tudo, do mínimo.
Porém a incerteza faz parte de quem eu sou, que eu fui e ainda serei;
e já me acostumei com essa convivência pacífica.
Posso viver assim;
Só não quero saber da minha ignorância.
Por favor, leve-me para longe... Leve-me contigo, leve-me para ti.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
trigésimo sexto~
(Long Hard Road Out of Hell - Marilyn Manson)
sério, se você escutar essa música, esse texto faz bem mais sentido...
sério, se você escutar essa música, esse texto faz bem mais sentido...
http://www.playlist.com/searchbeta/tracks#Long%20Hard%20Road%20Out%20of%20Hell (é só clicar no Play)
[Mente corrompida];
Estou assustada, esse sentimento e essa vontade de destruição se apossam de mim, jogar tudo para o chão, jogar tudo para o alto.
Ah, ah, você acha que pode me salvar? Não, não preciso da sua ajuda, estou ótima, não seja equivocado, quem precisa de ajudar é você.
Veja, você consegue notar como meus dedos cravam a tua pele? Sente o sangue descendo a tua silhueta? O que acha disso?
Na sua cabeça, isso faz sentido? Não? Sinto muito, você está longe demais da minha verdade. Entende agora?
Não, é claro que não, e nunca vai entender.
Será que você pode parar de pensar nisso e começar a pensar em coisas menos desconfiguradas? Vamos, dê aquele sorriso, arrume-se e finja fazer parte de tudo isso, dói demais, não é? Agora você começa a entender...
Não tenha medo de tudo isso, com o passar do tempo nada mais vai fazer sentido e você não terá mais perguntas... E mesmo se fizesse, nunca acharia as respostas.
Covarde, não fuja, não tem como escapar mesmo, o caminho para a sua destruição é bem menor do que o que te faz ter uma consciência limpa. Meus pêsames.
Sua alma ainda está no mercado? Quanto está valendo agora? Vale a dor de viver sendo ninguém?
Ainda pode manipular a realidade como fantoches? Não... Não a mim, já sei dos teus joguinhos, e acredite, isso terá volta... Talvez seja você quem nunca percebeu como a realidade pode se voltar contra você.
Cuidado, você já ultrapassou a linha da sanidade, e é ai que vai apodrecer, como já fez com muitos outros. Qual é o sabor do teu veneno? Espero que aprecie-o, já que é tudo o que tem agora.
E agora a porta se fecha atrás de ti. Um dia você imaginou que acabaria no seu pesadelo? Espero que se divirta ai, sei que tem vários esqueletos no teu armário que adorariam te fazer companhia. Viu, você nunca está sozinho, sempre terá a si mesmo... E tua insanidade.
Estou assustada, esse sentimento e essa vontade de destruição se apossam de mim, jogar tudo para o chão, jogar tudo para o alto.
Ah, ah, você acha que pode me salvar? Não, não preciso da sua ajuda, estou ótima, não seja equivocado, quem precisa de ajudar é você.
Veja, você consegue notar como meus dedos cravam a tua pele? Sente o sangue descendo a tua silhueta? O que acha disso?
Na sua cabeça, isso faz sentido? Não? Sinto muito, você está longe demais da minha verdade. Entende agora?
Não, é claro que não, e nunca vai entender.
Será que você pode parar de pensar nisso e começar a pensar em coisas menos desconfiguradas? Vamos, dê aquele sorriso, arrume-se e finja fazer parte de tudo isso, dói demais, não é? Agora você começa a entender...
Não tenha medo de tudo isso, com o passar do tempo nada mais vai fazer sentido e você não terá mais perguntas... E mesmo se fizesse, nunca acharia as respostas.
Covarde, não fuja, não tem como escapar mesmo, o caminho para a sua destruição é bem menor do que o que te faz ter uma consciência limpa. Meus pêsames.
Sua alma ainda está no mercado? Quanto está valendo agora? Vale a dor de viver sendo ninguém?
Ainda pode manipular a realidade como fantoches? Não... Não a mim, já sei dos teus joguinhos, e acredite, isso terá volta... Talvez seja você quem nunca percebeu como a realidade pode se voltar contra você.
Cuidado, você já ultrapassou a linha da sanidade, e é ai que vai apodrecer, como já fez com muitos outros. Qual é o sabor do teu veneno? Espero que aprecie-o, já que é tudo o que tem agora.
E agora a porta se fecha atrás de ti. Um dia você imaginou que acabaria no seu pesadelo? Espero que se divirta ai, sei que tem vários esqueletos no teu armário que adorariam te fazer companhia. Viu, você nunca está sozinho, sempre terá a si mesmo... E tua insanidade.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
trigésimo quinto~
[É melhor ser solitário... junto.]
Sente-se aqui, olhe para mim, o que você vê?
Não ouse quebrar a barreira do silêncio, não precisamos de palavras, só de uma companhia na solidão.
Fique do meu lado, finja se importar, não pergunte intimidades, não fale-me de sua vida, não precisamos disso, não é?
Diga atrocidades do mundo, diga que a moça atravessou a rua em segurança, dê esperanças para um coração solitário, mas não cutuque-o.
Vire o olhar, finja não se importar, não posso te ajudar.
É a tua parada, vá embora sem dizer adeus, sem olhar para trás, espero que tua solidão tenha chegado a um fim, desejo que seja feliz...
Mas não volte aqui, não aguentaria a solidão novamente.
''Don't come closer or I'll have to go''
(Eddie Vedder - Guaranteed)
''Have no fear For when I'm alone I'll be better off than I was before (...) I am falling safely to the ground''
(Eddie Vedder - Long Nights)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
trigésimo quarto~
(A partir do texto Estorvo, de Chico Buarque, os alunos do Primeiro Colegial tiveram que escrever uma narrativa sobre a dúvida do personagem que se encontrava em tal situação)
Meu Deus, que horas são? O dia ainda nem clareou! Ouço um barulho ao longe, mas meu estado sonolento não me permite identificar o que é. Sento na cama e ouço o tal barulho novamente, a campainha.
Levanto e cambaleando me dirijo até a sala. Procuro um roupão e eventualmente um relógio... Ah, quatro da matina, quem será a essa hora?
Pego o roupão. Ouço novamente o barulho e isso começa a me irritar. “Pare de me apressar!’’, é o que eu tenho vontade de gritar. ‘’Já estou indo, caramba!’’. Chego na sala, chego na porta e pelo olho mágico vejo pouco mais que a silhueta de um homem alto e magro. Não vejo seu rosto, mas vejo que tem cabelos pretos e esvoaçantes. Busco em minha memória alguém que se pareça com essa figura parada na frente da minha porta... A campainha me tira dos meus pensamentos, ouço a tocar por mais um tempo e o homem parece impaciente.
Devo abrir ou devo fingir que não tem ninguém em casa? Afinal, eu me encontro sozinha, sonolenta, às 4 da manhã com um desconhecido insistente em minha porta. Devo me arriscar a abrir? Nunca fui uma pessoa muito corajosa, e também não me acho forte, sei que não teria sorte caso precisasse lutar com esse homem. “Minha única forma de escapar seria usando o abajur, mas está do outro lado da sala, nunca chegaria a tempo...’’ penso, enquanto reparo como estou ficando paranóica, não pode ser nada tão sério assim, não sei por qual motivo alguém gostaria de me matar.
A curiosidade começa a tomar conta de mim e me deparo com a minha mão na fria maçaneta e isso faz com que suba um arrepio pela minha espinha. Paro. Paro e penso se devo continuar o movimento. Desisto. ‘’Que covarde eu sou!’’ penso, e logo recuo em pequenos e silenciosos passos.
Não ouço a campainha, será que desistiu? Não ouso ir até a porta para checar, então me viro e vou em direção ao quarto. Passo pelo relógio, e vejo aqueles números brilhando em verde-limão... 4:10.
Volto para o quarto, volto para a cama e tento voltar para o sonho. Fico pensando naquela silhueta. Fecho os olhos e espero dormir logo. Não quero mais supor o que seria aquele homem. Prefiro pensar que foi engano e nada mais.
Viro de lado e durmo esperando ouvir, daqui a algumas horas um barulho ao longe, mas dessa vez espero que seja só o meu despertador.
É velho, é estranho, não tem uma boa note e não tem um bom final, mas eu ainda gostei dele...
Meu Deus, que horas são? O dia ainda nem clareou! Ouço um barulho ao longe, mas meu estado sonolento não me permite identificar o que é. Sento na cama e ouço o tal barulho novamente, a campainha.
Levanto e cambaleando me dirijo até a sala. Procuro um roupão e eventualmente um relógio... Ah, quatro da matina, quem será a essa hora?
Pego o roupão. Ouço novamente o barulho e isso começa a me irritar. “Pare de me apressar!’’, é o que eu tenho vontade de gritar. ‘’Já estou indo, caramba!’’. Chego na sala, chego na porta e pelo olho mágico vejo pouco mais que a silhueta de um homem alto e magro. Não vejo seu rosto, mas vejo que tem cabelos pretos e esvoaçantes. Busco em minha memória alguém que se pareça com essa figura parada na frente da minha porta... A campainha me tira dos meus pensamentos, ouço a tocar por mais um tempo e o homem parece impaciente.
Devo abrir ou devo fingir que não tem ninguém em casa? Afinal, eu me encontro sozinha, sonolenta, às 4 da manhã com um desconhecido insistente em minha porta. Devo me arriscar a abrir? Nunca fui uma pessoa muito corajosa, e também não me acho forte, sei que não teria sorte caso precisasse lutar com esse homem. “Minha única forma de escapar seria usando o abajur, mas está do outro lado da sala, nunca chegaria a tempo...’’ penso, enquanto reparo como estou ficando paranóica, não pode ser nada tão sério assim, não sei por qual motivo alguém gostaria de me matar.
A curiosidade começa a tomar conta de mim e me deparo com a minha mão na fria maçaneta e isso faz com que suba um arrepio pela minha espinha. Paro. Paro e penso se devo continuar o movimento. Desisto. ‘’Que covarde eu sou!’’ penso, e logo recuo em pequenos e silenciosos passos.
Não ouço a campainha, será que desistiu? Não ouso ir até a porta para checar, então me viro e vou em direção ao quarto. Passo pelo relógio, e vejo aqueles números brilhando em verde-limão... 4:10.
Volto para o quarto, volto para a cama e tento voltar para o sonho. Fico pensando naquela silhueta. Fecho os olhos e espero dormir logo. Não quero mais supor o que seria aquele homem. Prefiro pensar que foi engano e nada mais.
Viro de lado e durmo esperando ouvir, daqui a algumas horas um barulho ao longe, mas dessa vez espero que seja só o meu despertador.
É velho, é estranho, não tem uma boa note e não tem um bom final, mas eu ainda gostei dele...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
trigésimo segundo~ [Seu Agulha e Srta Dedo]
- Ah, Senhor Dedal, peço-lhe licença. Estás no meu caminho e gostaria de ter uma prosa com a Srta. Dedo - disse Seu Agulha.
-Peço que me desculpe, mas não posso sair. Estou aqui como proteção para a Srta. – respondeu, sempre educado, o Senhor Dedal.
- Mas oras, diga-me de quem deves proteger a doce Srta., que eu vos ajudo.
- Protejo a Srta de você.
- Mas que atrevimento. Posso saber por que tamanha falta de respeito?
- Mas serás cego? Não vês que toda vez que o Sr. toca na Srta., ela sai toda machucada?
- Como estou na história, vou agora opinar, e com vossa permissão, gostaria de argumentar, para que assim tu entendas. Sou frágil e delicada, e qualquer interação com o Sr., eu saio toda machucada. Sei que não és mau, mas precisas entender que não posso interagir com você. Isto não é normal e sei que agora podes compreender.
- Pois bem, eu entendo perfeitamente, vou conversar com a Dona Linha que está sempre presente. Aonde eu vou, ela vai atrás, e quem sabe este não seja o começo de algo. Espero que a Srta. um dia me perdoe, nunca foi minha intenção te machucar, e agora nossa amizade vai acabar.
E foi-se embora, sem olhar para trás (somente para os lado),
com sua nova amante,
buraco por buraco afastando-se daquela que antigamente procurava adiante.
E a antiga enamorada, que continuava machucada;
não pela interação,
mas sim pela falta que seu amor fazia no coração.
(texto inspirado na maravilhosa Rita Apoena, do blog Jornal das Pequenas Coisas)
-Peço que me desculpe, mas não posso sair. Estou aqui como proteção para a Srta. – respondeu, sempre educado, o Senhor Dedal.
- Mas oras, diga-me de quem deves proteger a doce Srta., que eu vos ajudo.
- Protejo a Srta de você.
- Mas que atrevimento. Posso saber por que tamanha falta de respeito?
- Mas serás cego? Não vês que toda vez que o Sr. toca na Srta., ela sai toda machucada?
- Como estou na história, vou agora opinar, e com vossa permissão, gostaria de argumentar, para que assim tu entendas. Sou frágil e delicada, e qualquer interação com o Sr., eu saio toda machucada. Sei que não és mau, mas precisas entender que não posso interagir com você. Isto não é normal e sei que agora podes compreender.
- Pois bem, eu entendo perfeitamente, vou conversar com a Dona Linha que está sempre presente. Aonde eu vou, ela vai atrás, e quem sabe este não seja o começo de algo. Espero que a Srta. um dia me perdoe, nunca foi minha intenção te machucar, e agora nossa amizade vai acabar.
E foi-se embora, sem olhar para trás (somente para os lado),
com sua nova amante,
buraco por buraco afastando-se daquela que antigamente procurava adiante.
E a antiga enamorada, que continuava machucada;
não pela interação,
mas sim pela falta que seu amor fazia no coração.
(texto inspirado na maravilhosa Rita Apoena, do blog Jornal das Pequenas Coisas)
trigésimo primeiro~
Sentada;
esperando...
e quem sabe o sol sair.
Esperava a carta que nunca chegou
e com ela o sentimento nunca dito.
Esperava, talvez, algo nunca chegaria;
e o que já estava lá e somente ela não sabia.
Ela esperava também o que não tinha direito de pedir;
e esperava ser tudo o que um dia pediram.
Ela, sentada, esperava o fim;
para que assim pudesse finalmente recomeçar.
Recomeçar tudo.
Recomeça-la.
Mas enquanto isso ela continuava sentada;
esperando...
sexta-feira, 22 de maio de 2009
trigésimo~
E estes são meus sentimentos transformados em palavras;
E estes são meus medos tornando-se reais, e minhas dúvidas virando certezas.
Escrever melhora, mas não ajuda...
Faz tudo fazer parte da realidade do mundo, quando antes só fazia parte da minha.
E fazendo parte da realidade do mundo, eles são reais,
ou não?
Talvez não sejam, talvez sejam só parte de mais alguma coisa,
uma coisa maior do que antes era.
Desequilíbrios e dúvidas fazem parte da vida de cada um;
a única diferença é a maneira como você lida com isso.
Não sei se estou certa;
não importa.
Não quero entender o mundo, só quero fazer parte dele,
e com isso, talvez eu entenda alguma coisa...
Talvez não,
mas isso também não importa.
'A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso.
A única magia que existe é a nossa incompreensão'
(Caio Fernando Abreu)
E estes são meus medos tornando-se reais, e minhas dúvidas virando certezas.
Escrever melhora, mas não ajuda...
Faz tudo fazer parte da realidade do mundo, quando antes só fazia parte da minha.
E fazendo parte da realidade do mundo, eles são reais,
ou não?
Talvez não sejam, talvez sejam só parte de mais alguma coisa,
uma coisa maior do que antes era.
Desequilíbrios e dúvidas fazem parte da vida de cada um;
a única diferença é a maneira como você lida com isso.
Não sei se estou certa;
não importa.
Não quero entender o mundo, só quero fazer parte dele,
e com isso, talvez eu entenda alguma coisa...
Talvez não,
mas isso também não importa.
'A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso.
A única magia que existe é a nossa incompreensão'
(Caio Fernando Abreu)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
vigésimo nono~
Depois de um certo tempo as coisas foram ficando embaralhadas na minha memória.
Os quartos, salas, os cantos da casa foram sumindo...
É como se nada mais fosse como antes, mesmo que nada tenha mudado.
Na verdade, essa sensação é bem ruim... Mas a vida continua, era só um espaço.
O mais estranho é me deparar com esse mesmo lugar que antes era o meu recanto, e agora me esforçar para lembrar como cada cômodo era. Mas eu não ligo para isso. O que eu quero lembrar é o que se passou lá, e isso é o mais difícil. Não é como se eu fosse entrar e lembrar, pois só existe um lugar que eu posso procurar essas tais lembranças e esse lugar é na minha cabeça.
-
Eu achava que aquilo era tudo que eu precisava. Enganei-me.
Não preciso, nunca precisei.
Mas me dava um certo alívio saber que existia.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
vigésimo sétimo~ [Felicidade Rotineira Antiga]
Apesar das pessoas sempre falarem que eu sou meio idiota por isso, eu ainda acho que vale a pena.
(Senhor passa e fica encarando o braço da garota)
Senhor sorri e diz: Te rabiscaram toda hoje, é?
Garota retribui o sorriso: Não, eu mesma que me risquei para desejar bom dia para as pessoas! :)
S: Quando eu era criança eu ficava rabiscando nas aulas também. Rabiscava, rabiscava só por rabiscar.
G: haha, não prestava atenção nas aulas para ficar rabiscando?
S: Não, não.. Nas aulas de revisão.
(...)
S: Quando eu tinha 10 anos eu trabalhava. Saia rápido da escola, almoçava e ia pra fábrica.
G: Nossa, com 10 anos você já trabalhava?
S: Sim, naquele tempo era normal... Com 10 anos eu estava no primário.
(...)
S: Uma vez eu perdi o ônibus, tinha que esperar uma hora para o próximo, fui lá no caixa do supermercado, tirei dinheiro e paguei um táxi!
(etc etc etc)
Ganhei um sorriso, uma conversa e um bom humor.
E isso vale mais que uma dúzia de pessoas perguntando porque diabos eu me rabisco toda...
(achei este texto hoje.. é super antigo, mas não quero me esquecer de novo deste senhor. :D)
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
vigésimo quinto~
É como estar caindo...
Mas sem a sensação de medo;
e sim a maior sensação de calmaria que você já sentiu na vida.
Mas sem a sensação de medo;
e sim a maior sensação de calmaria que você já sentiu na vida.
Não me "salve", não me ajude;
você não tem idéia de como eu estou bem assim.
E é essa sensação que eu quero guardar em mim para sempre;
A melhor sensação de todas;
Esquecimento, liberdade... ilusão.
De fato sei que é ilusão;
e sei que quando acabar, vou sentir falta disso.
Mas por enquanto, eu não ligo;
Estou bem assim;
quero ficar assim.
Quero me sentir bem com tudo ao meu redor;
e por um segundo ignorar tudo.
Não se preocupe, sei que isso é irreal;
mas não me arrependo de sentir.
Estou aqui;
estou viva;
e estou feliz.
(não estou drogada nem dormindo... Só mais uma loucura enquanto escutava Sigur Rós)
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