segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

sexagésimo primeiro ~

Imagine que você está perdido... Não perdido no meio da sua cidade num domingo de sol, procurando uma rua e outra. Você está perdido em um lugar que não tem idéia de onde seja, e por mais que ande até cansar teus pés, você continuará perdido.
Em um certo momento você se desespera, corre um pouco, procura por ajuda. Será que não existem outras pessoas tão perdidas quanto você naquele lugar? Na verdade não só está perdido, está sozinho também naquele submundo incrivelmente misterioso.
Agora você começa a se acostumar com a idéia de continuar perdido por mais um tempo, afinal, depois de algumas horas, aquele lugar não parece tão ruim assim. Você começa a olhar as coisas de uma forma mais simples e objetiva. Você se senta no chão e observa. Agora com mais calma é possível ver que existe vida por lá, existe o vento e até mesmo flores. Quanta beleza o teu desespero não deixou que você enxergasse?
As cores passam por ti como um devaneio caleidoscópico, os aromas de atingem com tal violência que você não sabe mais o que é real. Sons... muitos sons distintos que se entrelaçam. O que seria tudo isso?
Você não tenta mais dissimular a verdade, e isso te traz um real sossegado, algo que você não conhecia antes.

Imagine que você está perdido... Agora você vê a realidade? Como ela é?

(''você consegue escrever algo que não me dê angústia? Esse texto me deixa angustiada, eu tô perdida num lugar e não posso sair!''
''aaaahh, não era para dar angústia! era para ser feliz!)

3 comentários:

Rafael disse...

ah, num achei que dá angústia... ficou bom!
e o anterior tem cara de filme antigo. bonito...

Ceres disse...

ria bem baixinho.

Sarah Brambilla disse...

Eu achei feliz. Se não houvesse o desespero de estar perdido não teria nenhum outro motivo para se desesperar.