tag:blogger.com,1999:blog-36793828676473455262024-03-05T11:29:35.951-08:00Verdades Modificadas~Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.comBlogger70125tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-44840312774508524962013-04-13T15:20:00.001-07:002013-04-13T15:20:42.230-07:00septuagésimo oitavo ~<div class="MsoNormal">
[Pequeno adendo de um grande sentimento]</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Poucas coisas me parecem tão delicadas quanto minha vó cuidando do meu vô em silêncio – não porque as vozes dizem coisas desnecessárias, mas pois o amor se faz possível de transbordar no momento em que ninguém o vê. Ninguém o obriga a se mostrar, a provar sua veracidade e força, então ele apenas existe inundando a sala com seu singelo sentimento.</div>
Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-42309390435052233802013-02-11T07:53:00.000-08:002013-02-11T07:53:01.031-08:00septuagésimo sétimo ~<br />
<div class="MsoNormal">
Quando eu era menor, eu fiz um altar no fundo do meu
armário, embaixo das calças e macacões pendurados, bem escondido e protegido.
Minha mãe me deu uma estátua da Virgem Maria com o rosto quebrado e remendado
com cola e eu juntei algumas tralhas religiosas ao longo do tempo – algumas
imagens de santos, um terço e alguns objetos pessoais que não tinham relação
religiosa, apenas sentimental, como bichos de pelúcia. Tudo aquilo me parecia
um belo altar e à noite, ou sempre que eu sentia necessário, eu me abaixava e
rezava. Fiz isso por muito tempo, mas não me lembro de quando eu o destruí. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lembro até quando minha avó paterna ironicamente me
presenteou com um urso de pelúcia que rezava o Pai Nosso – a ironia está no
fato de que meu pai, seu filho, sempre foi o ser humano mais cético e ateu que
eu conheço. Lembro-me que ele não fez sucesso por muito tempo, pois naquela
época eu já estava repensando tudo aquilo, não sei qual foi o gatilho. Só sei
que com o tempo eu me desfiz da religião, tirei o altar e pensava em como tudo
aquilo era babaca. Por que eu deveria me abaixar e rezar por alguém que não
estava lá por mim? Eu estava viva, sofria e sorria por mim mesma e nunca tive
bem certeza de pra que tudo isso – por que eu estaria no mundo? Sempre acreditei
no acaso, de que talvez tudo isso fosse só uma brincadeira do universo e que do
nada o Mundo se fez e os homens apareceram e que tudo saiu do controle e virou
isso. Não é bem a melhor visão de vida, tenho que admitir, porém sempre foi
assim que funcionou pra mim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Soa-me prepotência ter certeza que eu estou aqui por um
motivo maior, que eu nasci pra ser “A Pessoa”. Nunca acreditei que eu nasci pra
ser alguém especial – e talvez eu realmente seja só mais uma, assim como
bilhões de outros “só outros”. Mas isso
não me limita acreditar que eu possa ser alguém melhor, que eu possa ser tudo o
que eu sempre quis, desde o tempo daquela menininha ajoelhada na frente do
armário. Talvez eu morra amanhã atravessando a rua e não tenha nada de especial
para escrever na minha sepultura (“Camila – filha amada e irmã querida”, assim
como milhões de outros-outros), porém talvez exista uma pequena chance de eu
me tornar alguém; alguém maior e melhor do que eu já fui e eu mude alguma
coisa, nem que seja só na minha vida ou de alguém próximo – e eu gosto dessa
possibilidade. Não gosto de deixar tudo ao acaso e sei que de tudo o que pode
acontecer na minha vida, tudo começa comigo; depende de mim. E é isso que me
faz acreditar em mim e continuar... E é por isso que meu altar ficou para trás,
mas eu não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu não acredito em Deus. Não acredito mesmo querendo ter
algo em que me agarrar e ter esperanças – eu preciso acreditar em algo para
poder continuar quando tudo se vai. E nesse vazio de fé, eu me agarro em mim
mesma, agarro com fervor na possibilidade que eu mesma possa ser minha
“salvadora”, possa me trazer felicidade e esperança; possa ser tudo o que eu
preciso. E preciso acreditar que isso é verdade, acreditar que nem tudo está
perdido e que eu posso prevalecer apesar do que for. <o:p></o:p></div>
Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-47759483938493562062012-01-02T14:47:00.000-08:002012-05-14T21:08:00.108-07:00septuagésimo sexto ~<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEkRon5E1Db1_4H4AEstZKhB6H4sPUdDaWdWgSK7GSQYEk52O7UNw8F6wuuw3J-mCIQXtR8PiSGDSk-e4BI3JEa-VblISAkpnAOUBybJuE2EDHIA1mHldZBx8_O2kGJ7fEBbGGA9uIHcU/s1600/Picture+477-.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5693172980607400082" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEkRon5E1Db1_4H4AEstZKhB6H4sPUdDaWdWgSK7GSQYEk52O7UNw8F6wuuw3J-mCIQXtR8PiSGDSk-e4BI3JEa-VblISAkpnAOUBybJuE2EDHIA1mHldZBx8_O2kGJ7fEBbGGA9uIHcU/s320/Picture+477-.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 240px;" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial;">
A linha tênue entre o que eu sou e o que eu quero ser começa a ficar confusa; E quando foi que aconteceu o fim do que eu costumava ser? Onde será então que eu me encontro verdadeiramente? Começo, meio e fim – mas talvez a vida não possa ser dividida assim, diretamente.<br />O que eu quero ser vira o objetivo, o final da vida, a felicidade suprema, enquanto o que eu fui torna-se o caminho. Não vejo necessidade de explicar-me para mim mesma. Mas será que por isso, tenho o fim da divisão objetiva de minha vida? Não acho completamente necessária a divisão; mas preciso do entendimento – preciso que se torne claro em minha mente tudo o que eu, de fato, sou.<br />Memórias se tornam irreais – mas como um fragmento de realidade passada pode não fazer mais parte do real? Mas também, como uma lembrança pode trazer a carga real do que já passou? Sentimentos antigos e pessoas passadas vão se modificando lentamente, saindo da memória e se tornando invenções confusas. Quem eu fui não traduz quem eu serei; mas quem eu sou modifica quem eu posso ser. Mas não posso recair sobre o eixo das inúmeras possibilidades sem reconhecer a minha carga de responsabilidade de decisão.<br />O sorriso passado pode, rapidamente, virar tristeza quando o sentimento é modificado. O momento de mudança pode virar mundano quando se torna ordinário. Mas não consigo me manter constante – ou até mesmo me manter clara, conhecendo as possibilidades do que eu posso sentir. Não quero me manter única, sabendo que posso ser dominada pelo prazer da dualidade. Não tenho como me manter única, sabendo que um sentimento sempre irá se complementar pelo seu exato oposto dual. O que seria de minha certeza, se eu já não soubesse da incerteza que senti? O que seria de mim, se eu não soubesse o que eu ouso dizer que sei?</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial;">
O momento grandioso em que a vida faz sentido de fato. O momento em que eu sou, em um único segundo, tudo o que eu posso ser; e a vida se faz plena e as dualidades se encontram. O feio se faz bonito e a incerteza torna-se a única certeza que tenho. Talvez eu já seja, mesmo que internamente, tudo o que eu possa ser – porém ainda não saiba como tornar-me isso de forma plena.<br />De que me adianta pensar sobre ser porém não ser? Vejo mais motivos para me esforçar do que para me manter parada; mais motivos para mudar do que permanecer. Dependência da certeza nunca irá me tirar do lugar. Preciso da dependência de mim. E só assim serei – o quê? Pouco importa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /><span style="font-family: Georgia;"></span><sub><span style="font-family: Arial;"></span></sub></div>
[<span style="font-style: italic;">Texto escrito no último dia de 2011, fruto de uma noite sem sono e muita inquietação</span>]Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-34296711288994620282011-12-03T17:57:00.001-08:002011-12-03T18:13:33.169-08:00septuagésimo quinto ~<div>Para não dizer que morri, resolvi postar novamente, haha! Desde que mudei para São Paulo para fazer faculdade, só consegui postar um único texto novo e isso me deixou um tanto quanto frustrada, para dizer a verdade.<div>Mas isso não quer dizer que eu tenha perdido a inspiracão - ela acabou por vir de todas as formas imagináveis, como por fotos e argumentos cinematográficos para a faculdade.</div><div>Vivi uma maldita dualidade de sentimentos nessa cidade e de certa forma, encantamento do mundo através da fotografia me ajudou muito nisso, e com isso, eu decidi postar aqui algumas fotos que eu tirei nesses seis meses que me manti longe.</div></div><div><br /></div><div><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIYwWWW6xrfu3v_nnmUErz0sFafujLonIsJ_vEx56XXPR90knS1JfT_bxcdC5TU97XzwEn70a-XI5iTbZBK-R7vujgp1ZVrnAoHifAo_lRb68XqaZQUKXlJp-wKehd_dgb0OWwGU7ww7g/s1600/320127_242128889162680_100000967125604_663131_6135351_n.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIYwWWW6xrfu3v_nnmUErz0sFafujLonIsJ_vEx56XXPR90knS1JfT_bxcdC5TU97XzwEn70a-XI5iTbZBK-R7vujgp1ZVrnAoHifAo_lRb68XqaZQUKXlJp-wKehd_dgb0OWwGU7ww7g/s320/320127_242128889162680_100000967125604_663131_6135351_n.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089962434065122" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrQ2ShHCvn2YDiroabG8zDCG0eTFG_kqJ2Lv4adY3vDVPpzO93bdiq3LjsKMGtEMTSFhox5AHhpRK4_pEv0zPJBJIpbRNYNtMxbU_RR_MrWBe1tQeuKz4RVDDBoHzwm32D8eIz5xhyphenhyphenN0E/s1600/316325_242157549159814_100000967125604_663172_4305079_n.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrQ2ShHCvn2YDiroabG8zDCG0eTFG_kqJ2Lv4adY3vDVPpzO93bdiq3LjsKMGtEMTSFhox5AHhpRK4_pEv0zPJBJIpbRNYNtMxbU_RR_MrWBe1tQeuKz4RVDDBoHzwm32D8eIz5xhyphenhyphenN0E/s320/316325_242157549159814_100000967125604_663172_4305079_n.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089954538051714" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3uA5BJgRsFSTNmwzsrUtq2K7S7ZZ0EuMUrkipMNFSkhFMVhqbf6VfWfWlQMLN5HTX7T_wNf0Swvx5gfr9QFt-4Ty5GU7NBuMyg1QMXf59-TdTg1KKGfnPr4QdZGjpx3o-oNwG3W7ENic/s1600/306202_242158785826357_100000967125604_663176_5386110_n.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3uA5BJgRsFSTNmwzsrUtq2K7S7ZZ0EuMUrkipMNFSkhFMVhqbf6VfWfWlQMLN5HTX7T_wNf0Swvx5gfr9QFt-4Ty5GU7NBuMyg1QMXf59-TdTg1KKGfnPr4QdZGjpx3o-oNwG3W7ENic/s320/306202_242158785826357_100000967125604_663176_5386110_n.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089948602108018" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhct8PIsw2bBcJKOR4zHvr7TsO7fOsQ6jQKP0BiuBnM1ohfNv6FrfiSMax3godLQk4pSWubkOBbdT0BhPEfSXZNgyF9D2OnL5r3RJGp6uSubCuVj7247WaKz4B4uj0mR7g3VNdzClk5tCw/s1600/Picture+316.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhct8PIsw2bBcJKOR4zHvr7TsO7fOsQ6jQKP0BiuBnM1ohfNv6FrfiSMax3godLQk4pSWubkOBbdT0BhPEfSXZNgyF9D2OnL5r3RJGp6uSubCuVj7247WaKz4B4uj0mR7g3VNdzClk5tCw/s320/Picture+316.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089654896104354" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfJqqQQMFEpSoi5f0c2c0XC10lkso-2NeGluMPJB322lKw-xxmvlXsBi9CF8f6hy4suU6bbRWSsevOu80fFLV9W0CSNsoLWWJLGy7_AIL4x6bCqDwStzpRg8ZLvDmP9xljLUtMvqLrVLs/s1600/Picture+347.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfJqqQQMFEpSoi5f0c2c0XC10lkso-2NeGluMPJB322lKw-xxmvlXsBi9CF8f6hy4suU6bbRWSsevOu80fFLV9W0CSNsoLWWJLGy7_AIL4x6bCqDwStzpRg8ZLvDmP9xljLUtMvqLrVLs/s320/Picture+347.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089638768700354" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcfe7BTHfjiKafD4DjsrdC2HCbPaJ_H_n8YZuwLUkdtotykPcmdoy8yoTUoJ1QSaVu4v0BVegywDpSoK_mGaSLtfEGEXRh65XHBPohxIlLMjRJlo6oT5tVS8ttGknG4ZgtVr6cQftw-iA/s1600/Picture+286-.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcfe7BTHfjiKafD4DjsrdC2HCbPaJ_H_n8YZuwLUkdtotykPcmdoy8yoTUoJ1QSaVu4v0BVegywDpSoK_mGaSLtfEGEXRh65XHBPohxIlLMjRJlo6oT5tVS8ttGknG4ZgtVr6cQftw-iA/s320/Picture+286-.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089626663554834" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg01p8MdrPdQOhEutu06kaA7L_zI1rq3oBU8WuHG96lAuc6oRU2pymFp-m6hlmE0RI0TWaLchF6WrhfCZ38PvKf8qO7Jy1oeRLmnvc6yvlK-_648MLPBjKfuQpbeH9nsq6aCR0B0Ffzpdg/s1600/Picture+121-.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg01p8MdrPdQOhEutu06kaA7L_zI1rq3oBU8WuHG96lAuc6oRU2pymFp-m6hlmE0RI0TWaLchF6WrhfCZ38PvKf8qO7Jy1oeRLmnvc6yvlK-_648MLPBjKfuQpbeH9nsq6aCR0B0Ffzpdg/s320/Picture+121-.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089617772734018" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCyk-e0cFnvCmtDiY0Chra0SnD1UJnxpPUx5GS2CmBFEDTkIuf4LcRhnrB5ZT8KaBrocSuKpADSFkxdlQ8fwt4prpmMacPTwmx3m5F4GLLPVT94kW2qsqX3jFTvYV5igbdenv9XGYQcgU/s1600/6107288685_3f5224c4d6_b.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCyk-e0cFnvCmtDiY0Chra0SnD1UJnxpPUx5GS2CmBFEDTkIuf4LcRhnrB5ZT8KaBrocSuKpADSFkxdlQ8fwt4prpmMacPTwmx3m5F4GLLPVT94kW2qsqX3jFTvYV5igbdenv9XGYQcgU/s320/6107288685_3f5224c4d6_b.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5682089615007946498" /></a><br /><div>De certa forma, são provas para mim mesma de que as coisas mais aleatórias podem ser lindas... Eu só preciso parar para ver.</div>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-78121750961323067022011-08-13T20:43:00.000-07:002011-09-21T14:45:00.620-07:00septuagésimo quarto ~A casa está vazia de novo... Sem seus berros, suas brigas, seu afeto. A casa está vazia e eu nunca me senti assim. Tudo continua no lugar que deveria estar - o sofá nunca saiu da posição-dois-pés-afastado-da-parede, o ventilador continua quebrado e o seu lado na cama continua intocado; quase como se ainda estivesse com a forma do seu corpo.<br />A luz matinal - lembra-se dela? Amarelada que você tanto gostava - continua refletindo nos cristais que vento que eu tanto insisti para comprar na viagem e que você nunca gostou. Agora essas coisas não parecem tão bonitas sem você... Eu ainda me engano pensando que, talvez, um dia, talvez uma quarta-feira você poderá passar pela porta e dizer o meu nome; você poderá voltar.<br />Já tentei me mudar; a solidão dentro dessas paredes me sufoca. Mas não ouso sair do lugar que guarda todas as lembranças. Mês passado decidi que ia reformar a casa, mas não tive a coragem necessária para abandonar suas marcas pelos cantos. Ouso dizer que nas noites mais silenciosas eu consigo ouvir sua risada alta<span class="apple-converted-space"><span> </span></span><span class="apple-style-span"><span>(pois nós dois sabemos que você tem uma risada por ocasião) ecoando na sala ainda e tudo isso me dói.</span></span><span class="apple-style-span"> A solidão é tão forte que nem me parece real.</span><div>O vazio sem a sua mão na minha, o silêncio sem seus passos apressados – até mesmo a sua música barulhenta.<span> </span>Até nossas brigas me fazem falta – minha irritação com o fato de você nunca se irritar, seu jeito de me abraçar enquanto eu chorava pelo fim. As coisas pareciam mais corretas. <span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px; ">Um lar é feito de afeto também, não só paredes.</span></div><div>Agora eu me pergunto, como será que você está? Lembro-me muito bem da sua incapacidade de fazer o almoço sem derrubar alguma panela, ou quase botar fogo na casa. E agora, você aprendeu? Ou pior, meu deus, será que outra pessoa cozinha por você? Ah, não suporto pensar na sua felicidade dentro da minha solidão; mas também não consigo pensar na minha felicidade sem a sua infelicidade – veja, eu finalmente admito na nossa falta de capacidade de ser feliz em conjunto como você tanto gritou na <span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px; ">última vez que te vi</span>, está satisfeito agora?</div><div><div> <p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span>Com toda a perda, sinto que me perdi; e vendo os seus restos jogados pela casa me pergunto o que sobrou de mim no meio dessa bagunça que eu chamava de amor. Eu era inteira antes, por que não mais? </span></span><span class="apple-converted-space"><span> </span></span><span class="apple-style-span"><span>Cadê a minha parte que você levou contigo? – Devolva-me, por favor, preciso estar inteira novamente. </span>Posso lhe esquecer com os dias, posso me adaptar ao silêncio, mas não posso viver sendo metade de uma pessoa. Traga-me de volta e leve contigo o que restou de ti comigo- a</span>té lá eu continuarei aqui, te sentindo nos cantos e cômodos, metade de mim.</p><p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7N5JybxRKHl2rnT48qhyGxg10sVAv-q94Fer0POenkGcdCGKvV6TQCpQe8L3CTjMZe6BjVOuyJdyMcZ8EZPPrqGT_WOKO4r6atFfqXr3byfZFLwfVs9WdtKYisQOVOXLvO0VJUjCLNbc/s1600/passaros.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7N5JybxRKHl2rnT48qhyGxg10sVAv-q94Fer0POenkGcdCGKvV6TQCpQe8L3CTjMZe6BjVOuyJdyMcZ8EZPPrqGT_WOKO4r6atFfqXr3byfZFLwfVs9WdtKYisQOVOXLvO0VJUjCLNbc/s320/passaros.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5646838425777558690" /></a></p><div style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal"><i><span class="apple-style-span">(Sim, por mais que eu esteja amando essa cidade, </span>a solidão me deixa triste, haha)</i></p><p></p></div></div></div>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-54472707710440962562011-05-27T10:40:00.000-07:002011-07-18T19:30:32.526-07:00septuagésimo terceiro ~<span style="font-weight: bold;">[http://www.youtube.com/watch?v=XgP5Q9vZal8 Jónsi and Alex - Indian Summer</span><span style="font-weight: bold;">] </span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF19efbmedAjfKBqggZ7_wTgD1NBejZVz1ZkDKEvRjKOVobcTPlpeO_NORTtYAUJD9XQRAfkZse8kvFnIRxwg71lGV1MZC9UvOkzdNiSByu12uDxXO7qqwo66v9wmGd8aa071zhbD8ZmY/s1600/Imagem+876-.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF19efbmedAjfKBqggZ7_wTgD1NBejZVz1ZkDKEvRjKOVobcTPlpeO_NORTtYAUJD9XQRAfkZse8kvFnIRxwg71lGV1MZC9UvOkzdNiSByu12uDxXO7qqwo66v9wmGd8aa071zhbD8ZmY/s320/Imagem+876-.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5611459281675261410" border="0" /></a><br />No momento mais solitário do dia mais quente, me pego pensando nas respostas impossíveis. Perguntas que nunca deveriam ser feitas em respeito a sanidade humana e que por mais que pareçam simples, escondem uma complexidade real. Não seja tolo, não importa quantas horas, dias e quantas vidas você desperdice tentando se encontrar, a realidade é que a cada segundo a resposta parece mais longe de ti.<br />Horas passam e o abismo aumenta. Será que devo pular em busca das respostas ou permanecer com os pés nos chão ignorando o sentido só para me manter sã? Não ouso acreditar que a vida é apenas dias que se acumulam, lugares que conheço e pessoas com quem converso. Não ouse acreditar na simplicidade das coisas por ser covarde.<br />De certo modo, é um momento de loucura bom. Deitar no chão, chorar com medo e sentir-se perdida. É o único momento que eu realmente sinto que estou viva. Afinal, imagino eu que no dia que pensar ter encontrado todas as respostas, não terei mais sentido aqui.<br />Mas veja, não estou falando para você se perder também; se jogar do abismo. Não, isso seria loucura e possivelmente não teria volta. Apenas digo para que também não tente evitar entender - ou pelo menos tentar. Nunca tive tanta certeza de mim mesma quanto no momento que tive absoluta certeza de que não tenho ideia do que sou; não importa o quão irreal isso possa soar.<br />Pela primeira vez, vejo o abismo e sinto que posso pular. Perder-me para encontrar a mim mesma. Isso faz sentido para você? Bom, isso não importa agora. Talvez nunca ache as respostas - talvez elas estejam somente em mim. Ou quem sabe, o sentido da vida seja exatamente não saber; será? O que há de ser de nós quando tudo isso acabar?<br />Sinto medo e sinto que isso é normal. Talvez o objetivo seja esse, mas passar uma vida inteira tendo medo de viver não me parece agradável. Será que você também sente tudo isso? Oras, seja sincero comigo, posso não saber todas as respostas do mundo, mas gostaria de saber quais são as suas.<br />A cruel dualidade de se perder para se achar. É doce o desespero que cresce em mim ao mesmo tempo em que é dolorosa a percepção do mundo - meu mundo. Veja bem, acho que nunca me senti tão perdida e por isso, acho que nunca me senti tão próxima da verdade. Depois de certo tempo, vejo que não vale mais a pena perder horas no chão frio esperando, passar horas no escuro temendo o amanhã, passar uma vida sofrendo para simplesmente chegar o fim. Vejo agora que sou minha pior inimiga na calada da noite.<br />Palavras vem rapidamente mas não são o suficiente para te fazer entender tudo o que preciso dizer. Mas agora isso não importa mais, pois, pela primeira vez, eu sinto que entendo a mim mesma - e por isso, sei que não entendo. Acredite, a vida só começará a fazer sentido a partir do momento em que você assumir que ela nunca fará. Será que agora você compreende a si mesmo também?<br /><br /><br /><span style="font-style: italic;">(Acho que essa é a primeira vez que consegui escrever tanto em tão pouco tempo por um simples surto de pensamentos... E agora eu me sinto leve.)</span>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-23525410220729591862011-04-28T17:00:00.000-07:002011-06-25T14:56:36.094-07:00septuagésimo segundo ~<span style="font-weight: bold;">Nine Inch Nails - Right Where it Belongs</span><br /><span style="font-style: italic;">http://letras.terra.com.br/nine-inch-nails/139678/traducao.html</span><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/1_XwOQELT20?rel=0" allowfullscreen="" width="425" frameborder="0" height="272"></iframe><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Nine Inch Nails - Hurt</span><br /><span style="font-style: italic;">http://letras.terra.com.br/nine-inch-nails/28455/traducao.html</span><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/AvJKVKglIRs?rel=0" allowfullscreen="" width="425" frameborder="0" height="272"></iframe><br /><br />Isso é basicamente tudo o que eu preciso dizer e não consigo colocar em palavras da forma tão foda como o Trent - ou talvez não esteja me permitindo escrever tudo isso... Às vezes eu prefiro evitar sentir certas coisas.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-278730266666408832011-04-04T15:34:00.000-07:002011-04-13T14:15:46.499-07:00septuagésimo primeiro ~<span style="font-weight: bold;">(http://www.youtube.com/watch?v=qSQvX4UtbgE)</span><br /><br /><br />Mate-me lentamente - te suplico - sufoca-me. Me deixe experimentar o mais doce dos venenos e a mais amarga das alegrias. Me deixe sentir o seu corpo e sua pele.<br /><br />Mate-me lentamente, te suplico. Crave seus dedos sobre minha pele, crave seus dentes sobre meu corpo. Sinta o sangue pulsando por minhas veias, sinta o palpitar do meu coração. Aproxime-se de mim e contorne meu pescoço com suas mãos. Contorne o meu corpo com o seu.<br />Derrame meus pensamentos no chão, e silencie meu murmúrio caótico. Tape minha boca e meus olhos e, lentamente, arranque-me de meus sentidos. Deixe eu me perder nesse momento, me perder em você.<br />Perca-se em mim também, entre súplicas e murmúrios. Sinta o sangue quente escorrendo noite adentro, deixe-o escorrer por seus dedos. Deixe seus dedos ensanguentados correrem pelo meu corpo desfalecido. Entorpeça-me, suma com meus sentidos.<br /><br />Observe meu contorno uma última vez, o sangue oriundo de meu corpo escorrendo pelo carpete. Observe minha respiração ofegante lentamente parando. Observe meus olhos agora vidrados. Observe minha morte lenta e vá embora.<br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-style: italic;">(Não fui eu, foi meu Eu Lírico - 115.572 membros<br />E meu Eu Lírico realmente gosta de ouvir Marilyn Manson...)<br /></span>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-75607092503183190982011-03-08T21:16:00.000-08:002011-03-09T10:49:59.320-08:00septuagésimo ~<div style="text-align: center;"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">http://www.youtube.com/watch?v=UEW8riKU_tE</span></span></span><br /></div><span style="font-size:100%;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX-f4pOdMMC4MFzOPlDSZ-ijmzwX5I6Ch5MHcNOBA0hCIBovjLl5KGn2H2-A3ZYu4GpGMTel482I-tORccd8YdgPew6HJ_WwoP0W2JdszZH9mgaA-I-NrIMGrzU2QPJO35YY4MOnaAyD4/s1600/Imagem+133--.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX-f4pOdMMC4MFzOPlDSZ-ijmzwX5I6Ch5MHcNOBA0hCIBovjLl5KGn2H2-A3ZYu4GpGMTel482I-tORccd8YdgPew6HJ_WwoP0W2JdszZH9mgaA-I-NrIMGrzU2QPJO35YY4MOnaAyD4/s320/Imagem+133--.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581950293723587122" border="0" /></a><br />Eram lágrimas - ou quem sabe palavras não ditas que, por doerem tanto, se esvaíram.<br /><br />Eram a ausência de palavras proferidas e também o grito que surgia dentro de mim. Eram a minha completa ignorância e meu desejo de voar para longe. Eram lágrimas que eu finalmente permiti que saíssem.<br />Resumem todos os sentimentos não nomeados que se apossam do meu corpo. Não nomeados pelo simples fato do meu medo de descobrir quais seriam. Prefiro inventar nomes imaginários a tentar desvenda-los.<br />Lágrimas que tristes ou não, tiraram todas as palavras mudas que, com o tempo, foram se acumulando em mim. Trouxeram uma triste leveza ao meu corpo. Porém também trouxeram os medos escondidos. Frustração e receio, também mesclados com alegria. Coisas que guardo em mim e não sei como lidar.<br />Frustrações ignoradas, rancores que tranquei em silêncio e que agora se voltam contra mim com tamanha brutalidade que desconhecia ter. Preciso da delicadeza que julguei real, das certezas que agora só parecem mentiras bonitas, dos momentos de lucidez. Preciso parar de sentir.<br /><br />Preciso parar de sentir agora, para que meus sentimentos antigos voltem a ser reais. Para que, talvez, eu volte a ter certeza, e os sorrisos esboçados virem mais do que apenas medo. Quem sabe assim os pensamentos parem de vir sorrateiramente e me arrancar o sono. Quem sabe assim eu possa finalmente me curar. Talvez assim eu possa te perdoar.</span><br /><br /><br /><br /></span><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><span style="font-style: italic;font-size:100%;" ><span style="font-family:arial;">(Sabia que essa coisa de continuar escrevendo e ouvindo Nine Inch Nails ia dar errado... E não vou colocar um trecho da música dessa vez, pelos simples fato de que a música inteira faria sentido agora. <span style="font-weight: bold;">http://letras.terra.com.br/nine-inch-nails/28446/traducao.html</span><span>)</span></span></span><br /><span style="font-style: italic;">(Só queria dizer que este texto só foi escrito para tirar um peso de mim e eu pudesse finalmente dormir, são sentimentos elevados não necessariamente reais - ou pelo menos não com essa intensidade. São só palavras.)</span><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]-->Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-65022902911415464652011-02-06T19:24:00.000-08:002011-02-19T09:39:47.793-08:00sexagésimo nono ~<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content"><span style="font-weight: bold;">http://www.youtube.com/watch?v=AvJKVKglIRs</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcORM-wcZexdbUOAWyL8r7oclYXiwQqU7YFaKie9Dv0ax4Gp4j5nYeRIyFt0PFnjsdpKJoxd1gyNqpB82eCE0OSl2lKZTrAuVO61kk1XOB6Xx-v0x19e_lhSA_Cf0SQoXy_ngGBeytm_o/s1600/Imagem+696.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcORM-wcZexdbUOAWyL8r7oclYXiwQqU7YFaKie9Dv0ax4Gp4j5nYeRIyFt0PFnjsdpKJoxd1gyNqpB82eCE0OSl2lKZTrAuVO61kk1XOB6Xx-v0x19e_lhSA_Cf0SQoXy_ngGBeytm_o/s320/Imagem+696.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575243393331097810" border="0" /></a><br />É um sentimento tão forte que eu já não consigo sentir.<br /><br />Sinto apenas meu estômago revirando, minhas mãos suando e a sensação de estar olhando diretamente para o abismo que se abriu nesse momento. Entorpecida, não sinto nada, quase como se estivesse paralisada.<br />Vontade de arrancar-me a pele, apenas para sentir a dor... Sentir que ainda estou viva. Vontade de sentir o sangue quente descendo, só para ter a certeza. Olhar nos seus olhos e te fazer sentir também, tudo o que eu não consigo mais. Vontade de sentir dor, apenas para continuar vivendo.<br /><br />Em que ponto consegui chegar, onde tudo o que eu sentia parece não ser suficiente. Onde nem mesma eu acredito em mim. Onde tenho a impressão de estar à deriva da minha própria vida, seria isso possível?<br />O sono se esvai e o medo se instala. Pelo menos já começo a sentir algo, mesmo que dolorosamente real. Isso me dá a sensação da vida correndo pelas veias novamente. A sensação de viver finalmente.<br />O coração pulsa acelerado, minhas mãos tremem e sinto ânsia. Não posso negar nem fingir o que não sinto, mas como poderei nomear algo tão abstrato? Não vejo necessidade de dizer o que sinto, apenas que seja real.<br /><br />A letargia passa e o medo começa. Eu permaneço, mesmo que não seja a mesma. Eu permaneço, mesmo que doa.<br /><span style="font-weight: bold;">Eu permaneço porque é aqui que quero estar.</span><br /><br />(<span style="font-style: italic;">Por ter sido escrito em dois momentos diferentes, com sentimentos diferentes, o texto se perde no meio e eu sei disso... Mas enfim, vai ficar assim mesmo.)<br /><br />-<br /></span></span></span></span><span style="font-style: italic;">"Don't forget me, I beg, I'll remember you said:</span><br /><span style="font-style: italic;">"Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead".</span><br />(<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Adele - Someone like You</span>)Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-17544966890275001722010-12-06T17:52:00.000-08:002010-12-06T18:15:05.564-08:00sexagésimo oitavo ~<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyYRZ39luPbhyphenhyphengXuiGSJOHtQvQobF79mGYiDWGUCPnWio_LAjDcy-5CNVcuZr52cP0rW7127onaNblrrw-FZhdr90_TnkrciPdk6Qv5oan77UbxWKzw1nmL_X6uGBRxE_XWCEXBhdnDmQ/s1600/OgAAABENzHnLuItjrNXYEkv2cZ_whElpbjItSqEL70CCErDjUE9RtQ7EfCGoYAt6jTqqfBaAr6DZNtI7JlNCEJuc_sAAm1T1UH-kMOc0mTFcTkEZ_vxgnjicbYDa.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 203px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyYRZ39luPbhyphenhyphengXuiGSJOHtQvQobF79mGYiDWGUCPnWio_LAjDcy-5CNVcuZr52cP0rW7127onaNblrrw-FZhdr90_TnkrciPdk6Qv5oan77UbxWKzw1nmL_X6uGBRxE_XWCEXBhdnDmQ/s320/OgAAABENzHnLuItjrNXYEkv2cZ_whElpbjItSqEL70CCErDjUE9RtQ7EfCGoYAt6jTqqfBaAr6DZNtI7JlNCEJuc_sAAm1T1UH-kMOc0mTFcTkEZ_vxgnjicbYDa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547758086353144066" border="0" /></a><br />http://www.youtube.com/watch?v=LWIbTYLNezQ<br /><br /><br />Olhe para mim e diga que é fácil sorrir mesmo com tudo isso. Por favor, tudo o que eu te peço é que você olhe para mim e me veja como ser humano, não apenas mais uma a ser manipulada.<br />Não aguento mais, e nem me permito aguentar tudo o que acontece. Não vou me perder entre meus sentimentos antigos, e meus rancores atuais. Faço isso por nós. Apenas, por favor, não ouse me tratar assim, não ouse fingir que você não vê.<br />Não posso mais ficar guardando esses sentimentos amargurados, mas como poderia esquecê-los, se você apenas os intensifica? Por favor, deixe-me para que eu possa te amar. Deixe-me para que eu consiga voltar ao que era, sem ódio, sem rancor, sem dor.<br />Não venha a mim com suas verdades absolutas, apenas para arrancar lágrimas e dilacerar sonhos. Não acredito nas suas verdades, assim como você não escuta as minhas. Nunca pensei que pudéssemos chegar aqui.<br />E agora, o que fazer? Devemos ignorar cada briga, e apenas segurar nossas palavras dentro de nós, para que, futuramente, joguemos as na mesa - ou talvez nas nossas próprias caras? Ou quem sabe devemos ignorar o que somos, e quem somos, sendo apenas pessoas distantes? Será isso o melhor a ser feito? Será a ignorância a melhor resposta?<br />Prefiro estar errada - como nunca ousei estar. Preciso estar errada. Como poderei acreditar que tudo o que éramos é passado? Poderá ignorar-me de tal forma? Prefere sempre estar certo então?<br />Eu não posso acreditar que aquela pessoa que eu tanto me espelhava não existe mais. Não posso acreditar que você se foi, e tudo o que restou foram as brigas e as ofensas não proferidas. Será que você se incomoda tanto quanto eu?<br />Por favor, não suma. Sinto falta de quem você era, não suporto quem você insiste em ser. Não suporto o que nós fizemos conosco, mas também não irei aceitar sufocar sozinha. Se me fere, também será ferido.<br /><br />Por favor, volte a ser quem era. Eu prometo me esforçar também. Não me machuque mais e prometo não gritar e fingir te odiar.<br />Por favor, não finja me esquecer.<br /><br /><br /><br />"<span style="font-style: italic;">O que a memória ama, fica eterno.</span> <span style="font-style: italic;">Te amo com a memória, imperecível.</span>"<br />(<span style="font-weight: bold;">Adélia Prado</span>)Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-79897565617840113832010-10-14T14:12:00.000-07:002010-10-14T14:40:29.054-07:00sexagésimo sétimo ~Hoje, por falta de palavras para dizer como eu fiquei feliz com a minha viagem para a fazenda, eu vou fazer um ''<span style="font-style: italic;">post fotográfic</span>o'' com as fotos que eu tirei nesse feriado que fiquei por lá.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYf3-Ich-xcAmdPAKyMurNCx9FXGfPAj6Z-1vQCP0Hk3MN7-1wPCn20qaD7GB26vuTHKVIOletiL4LAjBLKtSQUBazAxiYRHfS8RsRhuIdHSfhl317LSav8SAJNmNqeKw6ZWfzHYbzcU4/s1600/Imagem+1547.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYf3-Ich-xcAmdPAKyMurNCx9FXGfPAj6Z-1vQCP0Hk3MN7-1wPCn20qaD7GB26vuTHKVIOletiL4LAjBLKtSQUBazAxiYRHfS8RsRhuIdHSfhl317LSav8SAJNmNqeKw6ZWfzHYbzcU4/s320/Imagem+1547.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528016642015770402" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLi1a104exY71PO2xjvJUNV10C_GahzKsqo4o-13QoZiNontLPtVttMg_3nd9l5b0Ny0fUQVmh23Nly325FVHerf7HKe9L93OFncgqhtLCmXntAWtN18lifApsdxEO-EnV2zFPWJxtPSo/s1600/Imagem+1827.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLi1a104exY71PO2xjvJUNV10C_GahzKsqo4o-13QoZiNontLPtVttMg_3nd9l5b0Ny0fUQVmh23Nly325FVHerf7HKe9L93OFncgqhtLCmXntAWtN18lifApsdxEO-EnV2zFPWJxtPSo/s320/Imagem+1827.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528018479564975122" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC6f8k1qX35LcEpHVCbUQlAmWJNPowcx4TE-wM-0tN02enTojWcYD3VIu1p8-CJuYjh2C_tBwfQNLznmxNdTm0DIKTHGckHnLEpJU_Oc1-1bK7r3vSAB0pS37d3eeaiyQ4q53l2ZjhXpQ/s1600/Imagem+1693.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC6f8k1qX35LcEpHVCbUQlAmWJNPowcx4TE-wM-0tN02enTojWcYD3VIu1p8-CJuYjh2C_tBwfQNLznmxNdTm0DIKTHGckHnLEpJU_Oc1-1bK7r3vSAB0pS37d3eeaiyQ4q53l2ZjhXpQ/s320/Imagem+1693.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528017632164828066" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvo-4NcPuQlZcC_6ABBcxMBon_4Wdggf-53KWqhQ1SKXXQxFPM9BP6-VnaGNfQN71YGBjB3TbhosERsR1uw7au4o1gFfC8NF_6wexujZUHqQN6p5c6KYM_eq6g5tbvMGs3AFff9jqTiI/s1600/Imagem+1567-.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 251px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvo-4NcPuQlZcC_6ABBcxMBon_4Wdggf-53KWqhQ1SKXXQxFPM9BP6-VnaGNfQN71YGBjB3TbhosERsR1uw7au4o1gFfC8NF_6wexujZUHqQN6p5c6KYM_eq6g5tbvMGs3AFff9jqTiI/s320/Imagem+1567-.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528017108970771282" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARvErreDMDYHdu_UqppNaB7YpLWfP6Iq_sU3t4rmlTWwTrNn8kzia3g0taxdVtvY_JS8qjPfMxTS1gHwpoMyXVpLuoMnSFGaDh5oOIAX2PMlP4ALNg-ktdHiaSp7iit3ApYksLxuMAM8/s1600/Imagem+1470.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARvErreDMDYHdu_UqppNaB7YpLWfP6Iq_sU3t4rmlTWwTrNn8kzia3g0taxdVtvY_JS8qjPfMxTS1gHwpoMyXVpLuoMnSFGaDh5oOIAX2PMlP4ALNg-ktdHiaSp7iit3ApYksLxuMAM8/s320/Imagem+1470.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528013282738293538" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHL8AU8hWeUhkJ37BHTQKnSbOXqMTSxU_SdBIwFnlvqcgEg7XfrIEu6Mks-G26qbcUVdXEILHOpi3jxL9GcfgoIc2KDjQYivoBVm0sgzyKVPGAqK_tWEkpecW4sH0nNWwipZfBRhmkhQo/s1600/Imagem+1551.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHL8AU8hWeUhkJ37BHTQKnSbOXqMTSxU_SdBIwFnlvqcgEg7XfrIEu6Mks-G26qbcUVdXEILHOpi3jxL9GcfgoIc2KDjQYivoBVm0sgzyKVPGAqK_tWEkpecW4sH0nNWwipZfBRhmkhQo/s320/Imagem+1551.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528016193083398258" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQYpo5Rj8504D_RVnRNTPyf2sb9cv8XSy8YFZwzJ_2YbKvyGKCq2yHfm2SsUxb6HxuqWEyBYN8kI472uOLstgm1Xv6WBtfxDGqoVVtwpThNPz4IH0MzaaXTIlkqAU8EVDsuB1zJosOZco/s1600/Imagem+1500.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQYpo5Rj8504D_RVnRNTPyf2sb9cv8XSy8YFZwzJ_2YbKvyGKCq2yHfm2SsUxb6HxuqWEyBYN8kI472uOLstgm1Xv6WBtfxDGqoVVtwpThNPz4IH0MzaaXTIlkqAU8EVDsuB1zJosOZco/s320/Imagem+1500.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528015442542307170" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXiGIB70OL1rgf_v27zSMqLE0vV1M_ntD8kV19IzaPGoDVyrTIDvv9V25kcVxi_5VxDOy_n6TRwstbxrIanCH5P1ABbA5qtxFvZF1ZDB0a5D2BrSRCbj3QceiVkYrn_7gP5G_YAqKNN6E/s1600/Imagem+1485.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXiGIB70OL1rgf_v27zSMqLE0vV1M_ntD8kV19IzaPGoDVyrTIDvv9V25kcVxi_5VxDOy_n6TRwstbxrIanCH5P1ABbA5qtxFvZF1ZDB0a5D2BrSRCbj3QceiVkYrn_7gP5G_YAqKNN6E/s320/Imagem+1485.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528014561020297538" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisa3oKnv3FM_3rmcR3olBotJIFJJHGELf-jceoU2e0Ze2-j4JK6y01nvpdCQKLObc_NnGFX7USqJtWsEfhNzyE6hGZeCJVAbAovQdWOG4cxQBoQv1vx5lhEje_p2e-cfJbx_wLt6oppJY/s1600/Imagem+1810-.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisa3oKnv3FM_3rmcR3olBotJIFJJHGELf-jceoU2e0Ze2-j4JK6y01nvpdCQKLObc_NnGFX7USqJtWsEfhNzyE6hGZeCJVAbAovQdWOG4cxQBoQv1vx5lhEje_p2e-cfJbx_wLt6oppJY/s320/Imagem+1810-.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528019016691350706" border="0" /></a>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-11426463984335223522010-09-05T16:46:00.000-07:002010-09-05T18:05:45.695-07:00sexagésimo sexto ~(Em defesa da minha sanidade, eu acabei de assistir <span style="font-weight: bold;">A Origem</span>, e todos os pensamentos que o meu pai brincava comigo vieram a tona... ''<span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic;">E se a gente for o sonho de uma pessoa que nunca existiu?</span></span>'')<br /><br /><span style="font-size:78%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIPXocxjXNXf_q5lg1Cc4EPN_4ZHljuGt5UsT1L-ofZtBEvwXOUaA-sA9VLexsngt4OTJ9qFBNFe0OyKCmR_wTNvIWEolJW7AZMTH0-TMKTZZhyGAqo5pByiZOcF2HgA2UFs4YLIIG7G0/s1600/olho6.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 245px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIPXocxjXNXf_q5lg1Cc4EPN_4ZHljuGt5UsT1L-ofZtBEvwXOUaA-sA9VLexsngt4OTJ9qFBNFe0OyKCmR_wTNvIWEolJW7AZMTH0-TMKTZZhyGAqo5pByiZOcF2HgA2UFs4YLIIG7G0/s320/olho6.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5513600115719563218" border="0" /></a></span><div style="text-align: center;"><span style="font-size:78%;"><span style="font-style: italic;">Será que eu gosto de tudo isso porque existe, ou tudo isso existe porque eu gosto?</span></span><br /></div><br /><br />Talvez as coisas sejam mais simples do que eu imagino, como num sonho. Só que dessa vez eu não consigo acordar. E mesmo se acordasse, não sei se conseguiria lidar com a realidade por trás do sonho.<br />Gostaria que a realidade fosse melhor que o sonho, mas não vejo possibilidade disso acontecer. Afinal, por que eu precisaria de um refúgio imaginário pior do que a realidade cruel? E, se mesmo no sonho não sei o que significo, como poderia significar algo fora dele? Ainda procuro o ponto onde o meu sonho encontrará a realidade, e espero que lá eu encontre algum sentido para isso. Talvez tudo o que eu precise seja menos complexo do que imagino... Apenas um estalo, apenas uma abertura de olhos... E de mente.<br />Mas como abrir a mente para algo não palpável? Seria como se jogar de um penhasco, sem, de fato, ver o final. Cairia até onde? E quando chegasse no final, o que encontraria? Não posso acreditar que tudo se resumiria a uma dura morte, num subconsciente esquecido pelo tempo. Não poderei controlar a minha mente, mas talvez eu possa fugir dela. Não sei exatamente onde isso iria me levar, nem se eu gostarei do que posso chegar a ver, mas a realidade - onde as pessoas não controlam o mundo, uma a uma - deve ser melhor do que ao mundo que somente eu controlo.<br />Controlo e me perturbo tentando descobrir o que criei. Mas será possível meu consciente resolver o labirinto do meu subconsciente? Não sei por quais caminhos preciso correr. Não sei quais lugares preciso lembrar. Será algum real?<br />Meu medo é descobrir estar vivendo um looping infinito, onde nada é realmente verdadeiro, e não existe caminho de ida nem volta. Poderia eu, agora de olhos abertos para a verdade, escolher ficar? Pelo menos aqui eu sei não estar sozinha, mesmo que seja rodeada apenas de fragmentos da minha mente. Talvez tenha construido tudo isso para fugir de algo... Algo como a solidão, ou até mesmo o medo da verdade.<br />Ficar aqui seria loucura? Afinal, por mais que exista a possibilidade de que seja tudo minha própria criação, eu nunca conhecerei por inteiro o meu subconsciente. Mas seria eu capaz de criar algo que até para mim se tornou detestável? Seria o meu medo tão forte assim?<br />Vou acreditar nisso ao meu redor como realidade, parece menos tortuoso do que tentar acordar. E acordar para que? Essa é a realidade... ou pelo menos é algo que eu, agora, me forço a acreditar. Esta é a realidade, esta é a realidade, esta é a realidade, esta é a realidade, esta é a realidade... Precisa ser.<br /><span style="font-style: italic;"></span><br /><br /><span style="font-style: italic;">''What if everything around you</span><span style="font-style: italic;"> Isn't quite as it seems?</span> <span style="font-size:100%;"><span style="font-style: italic;"><br />What if all the world you think you know</span><span style="font-style: italic;"> Is an elaborate dream?</span></span> <span style="font-style: italic;"><br />And if you look at your reflection</span><span style="font-style: italic;"> Is it all you want it to be?</span> <span style="font-style: italic;"><br />What if you could look right through the cracks?</span><span style="font-style: italic;"> Would you find yourself</span><span style="font-style: italic;"> afraid to see?</span>''<br />(<span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">Nine Inch Nails - Right Where It Belong</span>) </span><h1 id="watch-headline-title"><span id="eow-title" class="" dir="ltr" title="Nine Inch Nails - Right Where It Belongs"> </span></h1>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-72234254357370349412010-08-08T13:44:00.000-07:002011-02-28T14:35:52.218-08:00sexagésimo quinto ~<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiarBAlc6DIW_C58F6And-dTBQklP1FWUthKFiez0iZdlnyiAjdVK1SnUhMonlzz3ALa-NOX0x4GxU9s0EooeGjIrDIY4pM3QY0a9_whQCetJ3V9TqFTChipEEtHBkBCagbnXFFfHb3g/s1600/Imagem+507-.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiarBAlc6DIW_C58F6And-dTBQklP1FWUthKFiez0iZdlnyiAjdVK1SnUhMonlzz3ALa-NOX0x4GxU9s0EooeGjIrDIY4pM3QY0a9_whQCetJ3V9TqFTChipEEtHBkBCagbnXFFfHb3g/s320/Imagem+507-.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5503143196244661058" border="0" /></a>Procuro minha inspiração, alguém sabe em que canto a deixei? Já procurei atrás da porta e debaixo da cama, e não acho em lugar algum.<br />Talvez tenha esquecido a entre um sentimento calado e outro. Talvez ela tenha ficado acanhada depois de tantos sentimentos que engoli rapidamente para que não saíssem de mim. Será que não voltará mais? Será que a assustei para longe daqui?<br />Como poderei, então, vomitar meus sentimentos mastigados? Tenho necessidade que saiam de mim, são pesados, mas não sei como dizer em palavras algo que nem na minha cabeça posso formular. Uma lágrima e um sorriso não poderão dizer tudo o que eu sinto.<br /><br />Procuro minha inspiração em algum canto. Vou sair por ai, atrás de toda flor e cor que possa ter roubado-a de mim. Dou minhas dores e meus amores em troca.<br />Mas e se eu não achar, como posso tirar tais sentimentos de mim?<br />Grito, danço, esperneio. Posso correr de um lugar a outro, mas estes sentimentos continuarão a me assombrar se não tirá-los daqui.<br />Por isso peço <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">candidamente</span>, se você achá-la, traga de volta. Talvez ela esteja em um beijo, um choro ou um riso, mas sei que está por ai.<br />Se ela se perdeu na ingenuidade de um sentimento bonito, sei que voltará a mim com belas histórias a contar, e eu me sentarei e ficarei maravilhada com todas as coisas que ela tem a dizer.<br /><br />Onde estará? Quanto mais a procuro, mais perdida me sinto. Talvez, se eu tentasse não procurá-la com tanto fervor ela viesse a mim. Singelamente, ela viria a mim e faria eu me sentir bem novamente. Delicada, ela me faria chorar e sorrir. Assim, da maneira mais pura e simples, ela faria eu me sentir bem novamente. Prefiro ter sentimentos extremos a não sentir nada.<br />Quando ela voltar, sinto que as coisas voltarão a fazer sentido. Talvez assim eu possa decifrar-me e parar de omitir sensações - quem saiba até pare de fingir sentir o que não sinto.<br /><br />(<span style="font-style: italic;">por algum motivo muito aleatório, eu sou totalmente apaixonada por essa foto. Ainda me pergunto no que ela estaria pensando...</span>)Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-33369159347493469002010-07-14T11:13:00.000-07:002010-07-14T11:27:19.798-07:00sexagésimo quarto ~É, eu sei, estou num dia de reminiscências mesmo, mas parece que tenho necessidade de lembrar de certas coisas que estão apagadas na minha memória.<br />Dessa vez lembrei do sopão do centro da cidade.<br /><br />Minha mãe trabalha em uma empresa que, de vez em quando, fazia uma noite de sopão para os pobres. Em uma dessas vezes, eu e minha irmã fomos para ajudar.<br />Era bem simples e organizado, bem coisa de filme mesmo. Panela enorme lotada de sopa, fila de moradores de rua esperando a sua vez, pratinho de plástico fundo. Se eu não me engano, eu ficava dando o pedaço de pão. Bom, seja como for, eu estava passando por entre um grupo de moradores de rua se deliciando na sopa quente na noite fria, quando um homem acabou derrubando o prato, e assim toda a comida foi parar no chão.<br />Quando eu cheguei para ajudá-lo, ele já estava juntando toda a sopa no chão e tentando, numa tentativa falha, colocá-la de volta no prato, para comer novamente. Lembro-me bem do desespero que ele ficou, e na angústia que isso me deu.<br />''Não, moço, não pega do chão! Eu vou pegar outro prato cheio para você!''<br />Mas ele continuava! AAAAAAHH, que sensação horrível.<br />No final eu simplesmente peguei um prato novo com mais pão para ele.<br />Lembro da minha vontade de chorar, e de abraçá-lo forte...<br />Lembro-me de todas as sensações, mas não consigo recordar o rosto dele.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-65011904935322025602010-07-14T11:00:00.000-07:002011-06-13T18:18:27.048-07:00sexagésimo terceiro ~<span style="font-weight: bold;">No desespero da falta de inspiração, me pego remoendo textos antigos... E hoje procurei no meu blog ultra secreto e escroto. Achei um post que me lembrou um dia feliz e eu resolvi compartilhar isso aqui.</span><br /><br />'Um dia desses eu fui em uma palestra sobre Fotografia Digital em uma livraria. O lugar não estava lotado, mas optei por ficar de pé, atrás do público.<br /><br />Então, no meio da palestra uma pessoa para do meu lado, e quando eu me viro para ver quem era, deparo-me com uma dos olhares mais inocentes que já vi na vida. Esse olhar pertencia a um garoto que tinha Síndrome de Down. E esse olhar veio com o sorriso mais gostoso que eu já recebi, e talvez o mais sincero também.<br /><br />Com o tempo, o moço que estava dando a palestra resolveu exemplificar o que estava dizendo na prática, pegou a câmera e apontou para a platéia. Quando vejo, ela estava apontada para o fundo da platéia onde estavam eu e esse garoto.<br />E é quando vejo ele fazendo uma pose, todo maroto, tão lindo, para a câmera.<br />Ele tinha uma tatuagem, de henna é claro, que apontou para a câmera, mostrando-a com todo o orgulho do mundo. Estava tão feliz, continuava sorrindo de um jeito maravilhoso.<br /><br />Era como se nada pudesse o machucar, e tudo fosse alegria.<br />E estar perto dele... Aquilo me gerava alegria.<br /><br />Mas ai ele foi embora, olhou, sorriu, disse tchau.<br />No começo eu fiquei feliz, retribui a gentileza e o desejei tudo de bom.<br />Mas depois pensei que nunca mais o veria;<br />e nunca mais o vi mesmo.''<br /><br /><br />Enquanto eu lia o post, as lembranças ficaram claras na minha mente, mas eu já tinha me esquecido de tudo isso. Fico feliz que pude me lembrar daquele sorriso encantador que continua me trazendo alegria.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-6431376890999719672010-03-04T17:30:00.000-08:002010-03-04T16:19:59.403-08:00sexagésimo segundo ~<em>[And the worms ate into his brain...]</em><br /><br /><br />Ele estava completamente sozinho em sua sala, esperando a noite que vinha para afugentá-lo. As badaladas do enorme relógio batiam de acordo com o coração do homem. Sua respiração estava ofegante.<br />Esperava sentando em sua velha cadeira, quase caindo aos pedaços. Esperava companhia, que de fato teria. Procurava nos cantos da casa os vermes que logo começavam a chegar... Um a um, grotescamente, todos chegaram.<br />Pouco a pouco eles subiam pela carne fresca do homem, carne na temperatura ideal para um banquete. Quem poderia saber se era o fim? Somente a lua era sua testemunha, e nem mesmo ela não apareceu para iluminar aquela noite.<br />Ele permaneceu imóvel na cadeira enquanto os vermes penetravam sua pele, permaneceu forte, com olhar intacto e vazio. Nem mesmo um grunhido foi solto naquela noite.<br /><br />Ele esperava a hora do jantar... Até descobrir que era ele.<br /><br /><p></p><em>''- until there was nothing left</em><br /><em>- and he was totally alone.</em><br /><em>- sitting and waiting for dinner time.</em><br /><em>- But the dinner was... him.'' </em><br /><em>(conversa de msn, criada por causa do meu nick)</em><br /><br /><strong>(dedicado ao grande João Góes, me ajuda nas inspirações mais malucas!)</strong>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-80673267722450428412010-02-22T11:19:00.000-08:002010-02-22T11:45:36.820-08:00sexagésimo primeiro ~<strong>Imagine que você está perdido</strong>... Não perdido no meio da sua cidade num domingo de sol, procurando uma rua e outra. Você está perdido em um lugar que não tem idéia de onde seja, e por mais que ande até cansar teus pés, você continuará perdido.<br /><div>Em um certo momento <em>você se desespera</em>, corre um pouco, procura por ajuda. Será que não existem outras pessoas tão perdidas quanto você naquele lugar? Na verdade não só está perdido, está <strong>sozinho </strong>também naquele <em>submundo incrivelmente misterioso</em>.</div><div>Agora você começa a se acostumar com a idéia de continuar perdido por mais um tempo, afinal, depois de algumas horas, aquele lugar não parece tão ruim assim. Você começa a olhar as coisas de uma forma mais simples e objetiva. Você se senta no chão e observa. Agora com mais calma é possível ver que <em>existe vida por lá, existe o vento e até mesmo flores</em>. <strong>Quanta beleza o teu desespero não deixou que você enxergasse? </strong></div><div><em>As cores passam por ti como um devaneio caleidoscópico</em>, os aromas de atingem com tal violência que você não sabe mais o que é real. Sons... muitos sons distintos que se entrelaçam. <strong>O que seria tudo isso?</strong> </div><div>Você não tenta mais dissimular a verdade, e isso te traz um real sossegado, algo que você não conhecia antes. </div><br /><div></div><div>Imagine que você está perdido... <em>Agora você vê a realidade? <strong>Como ela é?</strong></em></div><div></div><br /><div></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 157px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441155814618781538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcOG1wEez5ow4U8EU8aRhPKiAQGgbBeVRPw6CfOiKD9aoDiWNZAxuApJwhtBzIJakMqdWwDWfKIpKRTgiFu7RsKH1H_sI7j3bAFPaqssvKL8J26tbmr65qvNrgDsRbenymZ7a53QCHAYE/s320/luzes.jpg" /> <div></div><div><em>(''você consegue escrever algo que não me dê angústia? Esse texto me deixa angustiada, eu tô perdida num lugar e não posso sair!''</em></div><div><em>''aaaahh, não era para dar angústia! era para ser feliz!)</em></div>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-5494702717450405052010-02-21T18:07:00.000-08:002010-02-22T11:19:22.972-08:00sexagésimo ~Tudo começou com um beijo terno entre sorrisos, e acabaria com a mesma ternura entre lágrimas.<br /><br /><br />As mãos se encontravam lentamente, no compasso meloso da música. Os olhares se entrelaçavam, e as bocas completavam-se, tinham necessidade uma da outra. Uma mão descia, contornando a silhueta feminina que dançava no ritmo, a outra mão amaciava os sedosos cabelos loiros da moça.<br />Os corpos se aproximavam, se encaixavam, tinham o complemento perfeito um do outro. Duas silhuetas se tornando uma, um único corpo. A última noite, e a última dança que dançariam juntos, mal sabia ela. Ele tirou vagarosamente o vestido de seda da moça e ela fez o mesmo com a farda nova do rapaz, e eles se amaram como nunca antes. Beijaram-se ternamente com amor. Se amaram noite adentro.<br />Com o passar das horas, o tempo se esgotava, era necessário dizer a verdade, dizer adeus. Mas como falar algo tão terrível a ponto de despedaçar o coração da pessoa amada?... Era preciso.<br /><br />Logo nas primeiras palavras proferidas, a moça percebeu na amargura da voz masculina que esse era o fim. E logo as primeiras lágrimas vieram, e chamaram as outras, que desataram num choro aparentemente infinito. A figura masculina tentava amparar as lágrimas e a tristeza, mas como poderia fazer isso, se pode dentro ele estava tão triste quanto?<br />As horas passavam, e a solidão adentrava o lugar. O homem levantou-se e começou a colocar sua farda novamente. A guerra o esperava, e talvez o teria para sempre. Poderia a moça aguentar isso? A dor e a perda da incerteza da volta?<br />Entre lágrimas eles se beijaram, e nessas mesmas lágrimas ele se foi. Deixando-a na ternura do amor incerto.<br /><br /><br />Mas ela o esperou... em vão.<br /><br /><br /><em>(Baseado em várias coisas, entre elas o clipe Thinking of You da Katy Perry, e a música Food is Still Hot da banda Karen O and the Kids)<br />(Qualquer dia eu escrevo algo feliz que não tenha a ver com perdas e solidão, está começando a ficar irritante como eu repito esse assunto)</em>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-10508715301942586072010-02-12T19:31:00.000-08:002011-03-31T16:46:13.949-07:00quinquagésimo nono ~<div align="center">E lá estava ela, sozinha na varanda vendo o sol nascer.</div><br /><img style="text-align: center; margin: 0px auto 10px; width: 320px; display: block; height: 240px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437472411580420722" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCeHFv_BS3Vsfr0fk3-g_nIYOTujHcdDGgp1Dequb4eZ_zbZkBiIxjkMGHofBE9hXu7NrtjYGu9uKo23ly5PAj4BKCgp6eJCjbyOVYTcq8jaIP0AL25Zh1zEd-irXQ_lOErMOR3vr3n64/s320/Imagem+186.jpg" border="0" /><br /><div></div><div>Tomava leite quente em sua caneca a verde com joaninhas em volta, sua preferida. Observava as luzes dos prédios ao lado se acendendo e apagando, quase que em uma coreografia combinada.</div><div>Poucas pessoas passavam na rua, às vezes algum jovem voltando de uma festa, um casal apaixonado que resolveu ver o sol nascer na praia, uma família desesperada correndo para não pegar trânsito na volta para casa. Nada fora do comum para um dia igualmente comum.</div><div>E agora o sol começava a aparecer, primeiro os raios tímidos no horizonte, depois ele próprio, forte e brilhante num lindo nascer do sol laranja. Juntos com o sol, o sorriso da menina nascia também. Aquele sorriso que estava escondido por tanto tempo.</div><div>Aquele sorriso dizia mais do que uma simples alegria matutina. Significava redenção, perdão... Significava esperança que agora ela podia ter. Nunca tinha se dado o prazer de ter esperanças, e agora sonhava. Sonhava com ela mesma, e com o que poderia se tornar. E aqueles sonhos eram tão bons que coravam sua face.</div><div>Naquele momento ela não se importava com quem fora ou quem seria. O que importava era quem era no presente, naquela varanda, naquela manhã. E mesmo que se importasse com o futuro, como poderia pensar em algo tão não palpável?</div><div>Os tímidos raios solares deram espaço para o Sol propriamente dito, este que refletia nos olhos cor de mel da menina. Olhos que quase se fechavam para dar lugar ao sorriso mais largo que tinha. </div><br /><div>Estava feliz novamente.</div>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-22835495121447770392010-02-12T16:21:00.000-08:002011-06-13T18:21:21.309-07:00quinquagésimo oitavo ~<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPSlxjLxVPNEifc6dhwgZJMJIyyngnsSp-Fb2Ch9Kbv7OeFZeOC56vtIGfiUXD1Ye-8pZYvRIt8nnk8s7xX7Itz53ZaI7VbPgFf04gdzgtqS2wuSpoB9weXxRrHJad4vziAEBpZyTd__M/s1600-h/mikadeitada.jpg"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 238px; float: right; height: 320px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437434449979114258" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPSlxjLxVPNEifc6dhwgZJMJIyyngnsSp-Fb2Ch9Kbv7OeFZeOC56vtIGfiUXD1Ye-8pZYvRIt8nnk8s7xX7Itz53ZaI7VbPgFf04gdzgtqS2wuSpoB9weXxRrHJad4vziAEBpZyTd__M/s320/mikadeitada.jpg" border="0" /></a> Ela sempre se achou certa das coisas, certa do que queria, certa do que faria, e agora estava certa que se encontrava sozinha naquele quarto de hotel.<br /><br />No outro lado da cama ainda tinha o calor recém deixado, e o primeiro corpo delicado e feminino não ousava invadir aquele espaço. Ela estava ocupada fingindo não chorar aquelas lágrimas furtivas. Ao longe o rádio ainda tocava uma canção devagar para os antigos amantes, um tango argentino que trazia saudade.<br />Ela cheirava o som e ouvia a cor do passado, do seu passado tão distante porém tão palpável.<br />Passava seus dedos lentamente pela sua própria silhueta, lentamente... delicadamente. Era tão frágil, tão inocente, e agora tão sozinha...<br /><br /><p><br /></p>Dentro do quarto o calor era sufocante; o que dificultava, até mesmo machucava a respiração.<br />Porém pela janela entrava uma brisa fresca... Gélida.<br />E a escuridão tomou conta de cada canto do quarto, e o silêncio ocupou o espaço que antes o outro corpo ocupava. Seria sempre assim? Aquela solidão não passaria?<br />Não, ela se recusava a acreditar nisso, não poderia ser assim para sempre. Sua mãe sempre dizia que o tempo curava todas as feridas, e agora ela necessitava que isso fosse verdade. A lembrança do toque, do cheiro e do gosto do antigo enamorado precisava acabar, nada seria igual se continuasse normal. Um tanto quanto irônico, não?<br />Desdobrava seus sentimentos, precisava se sentir completa de novo, precisava que o corpo dele precisasse do seu. Chamava cegamente por alguém, mas ninguém viria.<br /><br />Tudo o que poderia fazer era se acostumar com a solidão derradeira que aparecia para quebrar seu coração. E assim, com o tempo, a presença dele iria sumir - ou pelo menos ela sumiria com ele.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-79976932118561133502010-01-12T16:14:00.000-08:002010-01-12T16:35:20.445-08:00Querida<span style="color:#ffcccc;"> <em><span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">Camila</span></em></span>,<br /><br />Vim aqui lhe pedir somente algumas pequenas coisas, sei que você pode fazer por mim. Primeiro de tudo, acalme-se, você ainda tem muita coisa para viver, e com apenas 16 anos não pode se achar com razão de tudo na vida. Você já errou muito, e é bom que continue errando, ou nunca vai aprender as cagadas que a vida faz.<br />Segundo, por favor, entenda-se comigo. Estou aqui apenas por ti, e você parece não entender o meu lado. Você tem pressa demais de crescer, e com isso atropela muita coisa. O tempo é sempre único, tudo o que você pode fazer é continuar vivendo. Peço também, que você aprenda consigo mesma, apesar de jovem, você já aprendeu muito e pode continuar. Sei que é forte para isso.<br />Não queira colocar a carroça na frente dos bois, nem tudo é fácil assim.<br />Aprenda também a gostar de ti e demonstrar gostar dos outros em volta. Um pouco de amor nunca fez mal. E afinal, se você não se gosta, como pode pedir para que os outros o façam? Não cobre isso deles.<br />Não cobre também tanto dos outros, você sabe que também odeia quando cobram o que não tem direito de ti.<br />És menina e jovem, tem muito o que viver e ainda vai tomar muitas <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">porradas</span>. Não se odeie por isso, por favor. Seja amável com os outros, não a ponto dos outros poderem passar a perna em ti. Não tenha medo, não jogue tanto na defensiva, você é melhor que isso. Sem medo, pode ser capaz de coisas maravilhosas, pode se sentir melhor.<br />Não se maltrate tanto pelos outros. Você não está sozinha, eu estou aqui. Não chores mais.<br />Continue a mesma, mas não para sempre. Inove-se, eu sei como você odeia a <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">mesmice</span>. Eu acredito em ti, e espero que você também possa acreditar.<br /><br />Espero que lembre-se de mim quando precisar de alguém, afinal, eu estou em ti.<br />Atenciosamente,<br />M.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-65888442329640094402010-01-09T13:28:00.000-08:002011-06-13T18:29:57.760-07:00quinquagésimo quarto ~Toda noite preparava o prato, sentava-me a mesa e esperava. No começo ele vinha com um sorriso, beijava-me e contava sobre o dia, perguntava do meu, brincava comigo e depois <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">laváva</span>mos a louça dançando ao som dos Beatles.<br />Alguns meses depois ele demorava a chegar, não sorria mais, não me contava das coisas, jogava a comida fora e ia deitar-se. Mal olhava em meus olhos, mal dirigia a palavra a mim, simplesmente olhava <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">através</span> de tudo. Nunca consegui entender o que aconteceu, será que tinha feito algo? Tinha eu o ofendido? O maltratei? O que tinha mudado?<br />No final, algumas noites ele simplesmente não chegava, noites a fio que esperei acordada para nada, chegava <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">bêbado</span> de madrugada, dizia coisas horríveis, fedia a álcool. Mudara, não era mais o homem que tinha me esperado no altar, não era o homem que me levava flores no trabalho. Não era ninguém para mim, e isso era recíproco.<br /><br />A primeira vez que ele tocou em mim eu não acreditei. Dizia que o roxo no meu braço eu mesma tinha causado, tentava esconder dos outros. Pensei que nunca mais ia se repetir. No <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-corrected">entanto</span> as noites foram ficando iguais, e tendiam a piorar. Ele não descansava até ver lágrimas em meus olhos, e o sangue escorrendo pelo meu corpo.<br />Noites e noites a história era a mesma, mal tinha sarado um machucado, e ele não tardava em fazer outro. Não podia mais aguentar.<br />Uma noite, naquela noite, eu <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">planejei</span> tudo. Se ele tocasse em mim, eu tocaria nele da minha maneira. Afiei a faca, escondi <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">embaixo</span> da minha blusa e o esperei a noite toda. Ele não veio.<br />Quando notei, achei loucura toda a história de machucar meu próprio marido, não podia fazer isso. Guardei a faca na primeira gaveta na cozinha, e fui deitar-me, agradecendo por ter uma noite de sossego, podendo dormir sem precisar fazer curativo antes. Pensei que talvez ele tivesse desistido e ido embora. Um abandono é melhor que outro espancamento.<br />Na noite seguinte, no entanto, ele voltou mais violento do que nunca. Puxou-me pelo cabelo, me disse coisas horríveis, xingava-me de todos os nomes existentes. Aquela foi a única noite que eu temi por minha vida, jurava que seria minha última noite, mas não poderia ser assim. Não morreria nas mãos do homem da minha vida. No primeiro descuido, corri até a cozinha, peguei a faca e enfiei o mais forte que pude em suas costas.<br />Ele era forte, precisei de mais do que algumas facadas para derrubá-lo. Quando voltei a mim mesma, olhando o sangue em minhas mãos e o estrago que tinha feito em meu marido, fiquei assustada. Como eu poderia ter sido capaz de algo tão <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-corrected">monstruoso</span>? Corri até o banheiro para lavar-me, tirar o sangue de cima de mim. Logo após, liguei para a polícia.<br /><br />E agora vocês do <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-corrected">júri</span> se encontram aqui, tentando dizer se fui culpada ou inocente. Tentando defender-me, eu me tornei o monstro, e agora já não posso mais me reconhecer. Nunca perdoar ou condenar-me-ei.<strong><br /></strong><strong></strong>Entretanto digo a vocês que fiz o que fiz apenas por minha <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">sobrevivência</span>. Não nego isso. Peço apenas que vocês pensem, entre a vida de vocês e de um monstro qualquer, qual vida vocês escolheriam? Vocês matariam seu ideais para permanecerem vivos? Tornar-se-iam os <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-corrected">monstros</span>?Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-16896789524787328002010-01-01T19:55:00.001-08:002010-01-03T17:01:24.274-08:00quinquagésimo terceiro ~<strong>http://www.youtube.com/watch?v=7MYu-A1TxXU&feature=channel </strong><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwVQWzI8vL1JEaCVnUUNR6VybneVkOPwqtmI_LImHwQw7KQbt4HeasQ7lt2ZekyQwFQPVwmqCZVnrFBU-OdFe6bimThzNxHQDk8_AkaAKX7gLCDKS_4Ss8vkjaLXoQWbTXqDSfxcKmMrA/s1600-h/cabelo7.jpg"><img style="MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421989152971297538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwVQWzI8vL1JEaCVnUUNR6VybneVkOPwqtmI_LImHwQw7KQbt4HeasQ7lt2ZekyQwFQPVwmqCZVnrFBU-OdFe6bimThzNxHQDk8_AkaAKX7gLCDKS_4Ss8vkjaLXoQWbTXqDSfxcKmMrA/s320/cabelo7.jpg" /></a>Não poderás me entender pois não tens as mesmas asas que se encontram atrás de minhas costas.<br /><br /><br />Não sentes as coisas a minha maneira, o que é perfeitamente normal, não se acanhe.<br />Mas será que podes se esforçar um pouco mais, você precisa entender as coisas que não atrevo-me a dizer. Será que assim poderás decidir se fica ou vai?<br />As palavras entaladas em minha garganta não me permitem voar, seguram minhas asas e pesam em meu corpo. Meus segredos ocultos que ficam somente em mim. Desvenda-me.<br />Você deveria me ajudar, e agora só ofusca a verdade perante meus olhos. Poderás fazer tudo isso ter sentido? Será que poderia ficar e me ajudar?<br />Tudo ao redor gira, e você não permanece. Minhas asas continuam intactas, não sabem voar. E qual seria o sentido então de ter asas que não voam? Tudo gira, e dessa vez rápido demais.<br />Posso acostumar-me a isso, não preciso mais fugir, preciso?<br />Dê-me a resposta e prometo acreditar. Dê-me a resposta e mude tudo em minha vida.<br /><br />Faça-me voar, faça-me acreditar em um mundo diferente, paralelo talvez.<br />Vamos, eu acredito em ti. Acredite em mim também.<br />Livre, liberto-me de mim. Sente o vento que minhas asas fazem ao bater? Guarde essa sensação, guarde no peito. Dou-lhe um beijo e vou-me embora. Ficarás para me ver partir? Vai esperar? Espera-me. Desvende o segredo em meus olhos, e com um beijo terno diga-me adeus.<br />Adeus, meu querido.Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3679382867647345526.post-4564775920550926532010-01-01T01:00:00.000-08:002010-01-01T01:00:02.849-08:00nota ''final'' [Último e recomeçando...]Escrevo agora em uma postagem automática pois sei que não vou estar aqui no último dia do ano... (Calma, não vou morrer, só vou viajar - Ok, falar sozinha é legal)<br /><br /><div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415186472180454898" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; HEIGHT: 202px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKegzFio_Essvo6KifkdWKDKEBhCg_LvlNW78Wcv-DrR07MA_supb3T2SwudWdBpIhtz-_HDJoBJt4Xcj6_rcNYzyK0rTjSauXFrS-21a9Tnc7R2y38orioOtnQmjvm3ppj2vKq6yCJBw/s320/Flores2.jpg" border="0" /><br />~<br />Época final do ano, todo mundo louco, comprando presentes adoidados, consumismo rolando solto, assim como a falsidade. <strong>Não me deseje tudo de bom se você nem se quer gosta de mim.<br /></strong>Cansei dessa baboseira de <em>''Felicidades, tudo de bom, que Deus ilumine teu caminho''</em>. Pra mim já deu... Não quero felicidades e tudo de bom, <strong>quero mudança</strong>. Não quero que me desejem todas essas falsas coisas boas, <em>quero que me desejem que eu seja melhor, que eu mude para melhor, que eu possa evoluir.<br /></em>Ninguém gosta do tédio, por mais que significa que tudo está sobre o teu poder. Bom, pelo menos eu não gosto. Gosto das coisas certas, mas não iguais. Não quero tudo igual sempre, enjoativo demais...<br />Para o ano que vem tenho várias revoluções em mente, assim como a maior parte das pessoas que eu conheço, porém conhecendo-me bem, sei que elas não vão durar até a metade do ano... Canso do que mudei, cansei de mudar. Seria mais fácil ser boa desde o começo não? Ser o fruto ruim na árvore não é exatamente a melhor coisa do mundo... Mas pelo menos isso significa que eu posso mudar e melhorar e não serei igual. <em>É, talvez ser ruim não seja, <strong>necessariamente</strong>, ruim</em>.<br /><br />Sou ruim, sei disso. Gostaria que os outros parassem com os elogios falsos e me desejassem a verdade. Sei que não sou a única que gostaria da minha mudança boa. Pelo menos essa ''revolução'' eu pretendo deixar até o final da vida, mas gostaria de ajuda. Será que alguém pode me ajudar?<br />O ano novo serve para mudanças assim como serve para o começo de tudo igual, das mesmas coisas... Mas não dessa vez, por favor, não posso me permitir isso novamente.<br />Não que eu precise de um ano novo para reparar que eu sou um ser humano doido, mas começar as coisas com organização é uma boa também, não?<br />Talvez eu já não fale nada com nada para vocês, mas, por favor <strong>entendam que eu tenho necessidade de mudança agora.</strong><br /><br />Então desejo a vocês um ótimo ano novo, <em>com várias coisas novas fora da monotonia da igualdade.</em><br />Mudem, se reinventem... <em><strong>Sejam o melhor que podem ser!</strong></em> Garanto que todo mundo sai ganhando. E por fim, o sempre clichê... Sejam felizes, torço por isso. Espero que seja recíproco.<br />Tenham uma boa noite, caros leitores, e até ano que vem! :) </div>Mikahttp://www.blogger.com/profile/08832539946630515758noreply@blogger.com1