terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quadragésimo oitavo ~

[Mente corrompida II]
Vou fazer você sentir a navalha descendo tua silhueta, qual será o gosto do teu sangue?
sente o teu sangue quente descendo, sente o meu sangue frio? Sente agora tudo o que eu disse que você não ouviu?
Venha, se aproxime de mim, não tenhas medo... Tens?
Se te matasse agora, você seria feliz? Poderia dizer que fez as escolhas certas, colocou e tirou as pessoas certas? Fez boas escolhas então? És feliz? Que alívio ouvir isso.

Agora você me vê com clareza, não é? Não pode mais ignorar tudo o que um dia foi tão fácil deixar para trás. Sempre soube como ia acabar, sempre estive certa, quem é você para se achar o Senhor da Razão agora? Será que tens coragem de dizer que no final das contas eu fui tudo o que você imaginou?
Não minta para mim, sei te ler, e sei que você pensa o mesmo de mim. É simplesmente maravilhoso poder dizer que você está enganado com tudo isso.
Não aguento olhar na tua cara, tua cara escrota tentando esconder somente o mais difícil, pare de ser tolo, por favor.

E apesar de tudo isso, o que mais me surpreende é o fato das minhas lágrimas ainda se confundirem com o teu sangue, quanto mais te machuco mais saio machucada.
Cale-se, não posso mais ouvir tuas mentiras... Como pude um dia cair?
vá embora...
Já foi.

2 comentários:

Ceres disse...

Vejo uma namorada psicoticamente ciumenta?!

Dizia Sartre que nossa vida é nada mais que o produto de nossas escolhas, de modo que não podemos culpar ninguém pelo que nos acontece de bom ou mal...

Mas não faz mal, todo mundo tem suas desculpas...a fatalidade...
Somos assim?!

Mika disse...

Não, vê uma solteira psicoticamente revoltada com a vida. :)

na verdade o post não é direcionado a alguém, logo não estou culpando ninguém das coisas, só estava chateado no dia.

E sim, somos assim, cheios de desculpas.