segunda-feira, 14 de setembro de 2009

trigésimo oitavo~

Hoje eu sinto que um coquetel de ignorância cairia bem,
quem sabe amnésia também?

Adoraria esquecer os doces amargurados;
adoraria te devolver as palavras que queimam meus ouvidos;
e engolir de voltar as palavras que amarguram minha garganta.
Será que poderia me ajudar a esquecer? Será que poderia sorrir e dizer que está tudo bem?
Será que não vê que para eu esquecer de tudo, você precisa ir embora? Embora levando contigo tudo o que um dia pensei, e um dia quis ser. Leve isto daqui, vá embora... Por favor!
Não estarei contigo até o fim, e isso é recíproco, então para que o sofrimento no meio? Vamos acabar com isso enquanto é tempo, vamos virar as costas.
Corra na direção oposta, corra contra o vento, ele secará tuas lágrimas talvez.
Corro na direção oposta, corro a favor do vento, ele me levará para longe, eu sei.
Será que és o único cego aqui? Ou simplesmente não quer ver que isso não está certo?
Não me faça suplicar, me rastejar, não me humilhe assim. Olhe nos meus olhos e veja o que eu vejo.
Ei, já te convenci?
Já quer ir embora? Já me esqueceu?
Muito obrigada!
Agora quem sabe não posso ir também? Já deu minha hora e a vida (esta ingrata) não parou quando eu pedi, será que se correr chego onde morri? Será que ainda tenho tempo?

Ah, mas é claro que sim.
Eu fiz isso e posso parar, nem mesmo um coquetel de ignorância poderia mudar tudo.
Vou (re)começar... Vale mais a pena do que parar novamente.



(escrever realmente faz bem, mesmo que não faça sentido...)

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