domingo, 17 de agosto de 2008

décimo oitavo~ [Ela via o chão...]

Ela via o chão. O chão e as pessoas lá embaixo.
A distância era tão grande que as pessoas se tornavam tão pequenas, quase insignificantes, como pequenos pontos que iam de lá para cá.
Pequenos pontos e suas vidas. Pequenos pontos que seguiam a suas respectivas vidas todo maldito dia e nem sabiam o motivo disso. Ela não gostava disso, era quase como se fosse um incomodo.
E continuava parada, olhando fixamente para o chão que nunca pareceu tão tentador. Esse mesmo chão parecia que a puxava para baixo com uma força que nem mesmo ela entendia.
E a brisa... Ah, essa brisa que acariciava seu longo e escuro cabelo era a mesma brisa que levava suas lágrimas para longe e ela sentia que com isso iam-se todas as suas preocupações e frustrações.
Deveria cair na tentação do chão? Deveria parar de ser covarde e encarar a vida? Tinha se escondido por tanto tempo que mal sabia como fazer isso, e era tão covarde que nem queria aprender...


E assim, seguindo a brisa, ela foi para frente... E sentiu seus pés deixando o concreto e seu corpo flutuando naquele lindo dia de verão... Sorriu... Sabia que não ia se arrepender, não podia se arrepender... Afinal, mortos não se arrependem.


(Não, eu não quero me matar, nem tenho vontade disso, meu deus... Mas por algum motivo essa cena veio na minha cabeça.)

3 comentários:

Sephiroth disse...

Eh o comeco de Serial Experiments Lain ^^`

Eh essa mesma cena ^^

Gam disse...

Quanto você costuma tirar em redação?

Anônimo disse...

Como eu disse antes.... bem-vinda ao meu mundo, a diferença entre nós é que eu ja pulei, o problema é que quanto mais tempo passa, mais o chão se afasta de mim.....(lolz?)