sexta-feira, 22 de maio de 2009

trigésimo~

E estes são meus sentimentos transformados em palavras;
E estes são meus medos tornando-se reais, e minhas dúvidas virando certezas.


Escrever melhora, mas não ajuda...
Faz tudo fazer parte da realidade do mundo, quando antes só fazia parte da minha.
E fazendo parte da realidade do mundo, eles são reais,
ou não?



Talvez não sejam, talvez sejam só parte de mais alguma coisa,
uma coisa maior do que antes era.

Desequilíbrios e dúvidas fazem parte da vida de cada um;
a única diferença é a maneira como você lida com isso.
Não sei se estou certa;
não importa.

Não quero entender o mundo, só quero fazer parte dele,
e com isso, talvez eu entenda alguma coisa...
Talvez não,
mas isso também não importa.

'A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso.
A única magia que existe é a nossa incompreensão'
(Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

vigésimo nono~


Depois de um certo tempo as coisas foram ficando embaralhadas na minha memória.

Os quartos, salas, os cantos da casa foram sumindo...
É como se nada mais fosse como antes, mesmo que nada tenha mudado.
Na verdade, essa sensação é bem ruim... Mas a vida continua, era só um espaço.

O mais estranho é me deparar com esse mesmo lugar que antes era o meu recanto, e agora me esforçar para lembrar como cada cômodo era. Mas eu não ligo para isso. O que eu quero lembrar é o que se passou lá, e isso é o mais difícil. Não é como se eu fosse entrar e lembrar, pois só existe um lugar que eu posso procurar essas tais lembranças e esse lugar é na minha cabeça.

-

Eu achava que aquilo era tudo que eu precisava. Enganei-me.
Não preciso, nunca precisei.
Mas me dava um certo alívio saber que existia.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

vigésimo sétimo~ [Felicidade Rotineira Antiga]


Apesar das pessoas sempre falarem que eu sou meio idiota por isso, eu ainda acho que vale a pena.

(Senhor passa e fica encarando o braço da garota)
Senhor sorri e diz: Te rabiscaram toda hoje, é?
Garota retribui o sorriso: Não, eu mesma que me risquei para desejar bom dia para as pessoas! :)
S: Quando eu era criança eu ficava rabiscando nas aulas também. Rabiscava, rabiscava só por rabiscar.
G: haha, não prestava atenção nas aulas para ficar rabiscando?
S: Não, não.. Nas aulas de revisão.

(...)

S: Quando eu tinha 10 anos eu trabalhava. Saia rápido da escola, almoçava e ia pra fábrica.
G: Nossa, com 10 anos você já trabalhava?
S: Sim, naquele tempo era normal... Com 10 anos eu estava no primário.

(...)

S: Uma vez eu perdi o ônibus, tinha que esperar uma hora para o próximo, fui lá no caixa do supermercado, tirei dinheiro e paguei um táxi!

(etc etc etc)

Ganhei um sorriso, uma conversa e um bom humor.
E isso vale mais que uma dúzia de pessoas perguntando porque diabos eu me rabisco toda...

(achei este texto hoje.. é super antigo, mas não quero me esquecer de novo deste senhor. :D)